“Rio 2” de Carlos Saldanha
O brasileiro Carlos Saldanha, atualmente um dos mais reconhecidos e talentosos realizadores do cinema de animação mundial, volta ao seu mundo de eleição.
A sua participação no franchise Ice Age (como co-realizador e posteriormente a solo) para além de nos ter oferecido um série incrível de filmes de animação, concedeu ao realizador do Rio de Janeiro a oportunidade (e liberdade, digo eu) para fazer um filme sobre a sua terra natal. E depois do sucesso de Rio, a sequela seria mais do que natural!
O Rio de Janeiro, as praias, os morros, as favelas, a Floresta da Tijuca e o Carnaval receberam o merecido tratamento no primeiro capítulo, pelo que agora exigia-se novos cenários… para novas aventuras!
Fácil! Num país tão multifacetado e diversificado como o Brasil o que não falta é espaço para novos caminhos e emoções… e a Amazónia é bem mais do que poderíamos esperar.
Cor, alegria, emoção, exotismo, perigo, não faltam argumentos para justificar todo o virtuosismo da opção tomada pelo franchise (ou Carlos Saldanha!). A selva é o palco ideal para dar seguimento às desventuras desta invulgar família de araras azuis e dos seus amigos. Depois da claustrofobia da cidade, a liberdade do “campo”.
Blu e Jóia viajam até à Amazónia, com o intuito de ajudar Linda e Túlio (o casal de humanos) a encontrar um bando de araras azuis refugiadas bem no coração da floresta tropical. Mas aquilo que parecia apenas uma viagem em família vai-se revelar uma aventura hiper-super-colorida.
Perigos ao virar de cada esquina, surpresas emocionantes e um importante alerta para todos nós.
Sim, a vertente ecológica volta a marcar pontos. De forma bem subtil e bem enquadrada, o alerta encaixa que nem uma luva no enredo construído por Don Rhymer e Carlos Saldanha. De resto, muita cor, muita alegria, muita música, muita festa e muita harmonia, num filme digno de maquete de escola de samba. Simplesmente fantástico!
E lá está. O único filme (de animação) que soa bem melhor na versão dobrada do que na original… mesmo que se perca algum virtuosismo nos momentos musicais.