“Mil e Uma Maneiras de Bater as Botas (A Million Ways to Die in the West)” de Seth MacFarlane
Antes de Ted, Seth MacFarlane era praticamente um desconhecido fora dos EUA.
Family Guy já era por lá um sucesso há largos anos mas aquele fofinho e depravado ursinho de peluche tornou Seth conhecido internacionalmente. Ted era tudo menos convencional ou moralmente recomendável mas a inesperada mistura de candura e brejeirice funcionava muito bem!
Desta vez o ator/argumentista/realizador/produtor optou por assumir total protagonismo (em frente das câmaras) e por revisitar o mais norte-americanos dos géneros cinematográficos, o western.
Seguindo um estilo muito próximo do que lhe é reconhecido, MacFarlane adicionou-lhe uma pitada de comédia negra que até combina bem com o estilo que o tornou famoso mas falha redondamente ao assumir as rédeas do filme.
Sem grande experiênca (e talento) para grandes voos em frente das câmaras, Seth emperra em demasia o normal desenrolar do filme, notando-se exacerbadamente a diferença de caategoria quando comparado com Charlize Theron, Liam Neeson, Giovanni Ribisi ou Neil Patrick Harris. Ovelha negra, peixe fora de água ou, simplesmente, falta de jeito, de qualquer forma espero que Seth tenha aprendido a lição.
Albert (MacFarlane) é um pastor de ovelhas em pleno faroeste norte-americano. Infeliz e obcecado pelo facto da “morte” estar constantemente a surgir por aquelas bandas (e sobre as mais diferentes formas), a sua miserável existência terá novo (e último?) folgo quando a enigmática e destemida Anna (Theron) surge na cidade. A talentosa e sedutora pistoleira fará maravilhas pelo ego e coragem do pastor… até que o temido marido (Neeson) desta resolve “passar” pelo saloon local.
Quem viu (e gostou de) Ted já sabe o que esperar. Os demais, acredito, sentiram mais dificuldades em entrar no espírito. De qualquer das formas fica uma certa sensação a decepção… é que há coisas que ficam bem a um urso (de peluche) que não ficam bem a uma ovelha (negra). Ponto final.