“A Culpa É das Estrelas (The Fault in Our Stars)” de Josh Boone
Estamos, muito provavelmente, perante a grande surpresa/revelação deste Verão cinematográfico.
Dado o sucesso do romance em que é baseado, The Fault In Our Stars não seria, logo à partida, um filme qualquer…
Para além do sempre importante reconhecido – e validação – dos apaixonados da literatura, a temática, os protagonistas e uma certeira campanha de divulgação deixavam antever que a obra de Josh Boone teria, pelo menos, a oportunidade de mostrar o que vale(ria). O resto cabe(ria) aos intervenientes… e esses estiveram plenamente à altura!
Sweet November e A Walk to Remember pareceriam, facilmente, lógicas referências a incluir neste comentário porém, há algo de genuinamente diferente neste filme. Para lá do humor refinado (um pouco à imagem de 50/50) e de uma química brutal evidenciada pelos protagonistas, destaca-se a ligeireza com que a história assiduamente muda de rumo, deixando-nos – a nós, espetadores – totalmente desarmados e desamparados.
Mesmo os mais sisudos e objetivos terão dificuldades em “deixar as emoções em casa” e no meu daquele turbilhão de sentimentos, sentir-se-ão ferozmente arrastados para o epicentro de uma história arrebatadora.
Não pensem que a palavra epicentro foi escolhida em vão. Durante a maior parte do tempo estamos mesmo no centro do furação, naquele pequeno espaço onde tudo é calmo e harmonioso, mesmo perante a iminente voracidade que nos aguarda.
E a destruição é, realmente, sentida!
Apesar da tenra idade, Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort) têm já uma longa história de vida. O cancro levou-lhes a paz e algo mais – no caso dela os pulmões, no dele uma perna – mas não é por isso que deixaram de (tentar) viver uma vida “normal”.
Os dois adolescentes conhecem-se num grupo de acompanhamento, descobrem a partilha, a paixão e a esperança num futuro diferente (daquele que se lhes apresenta como inevitável). E vão fazê-lo de forma deslumbrante.
Poderá parecer um pouco lamechas – tanto o filme, como este comentário – mas The Fault in Our Stars não tem receio algum em assumi-lo… nem nós! São assuntos sérios – quiçá até demasiado sérios para serem tão bem retratados por um casal de jovens atores – que ganham uma roupagem e perspetiva alternativas, naturalmente à base de muita emoção e comoção. Se falar de sentimentos é ser lamechas, pois bem, não há volta a dar.
Surpreende, comove e deixa a sua marca profunda em todos os espetadores que, sem preconceitos e complexos, se deixam embarcar neste aventura, OK?
Um filme que merece ser visto e que fará, certamente, bem mais pelo franchise Divergent do que o seu filme original… ou não fossem Shailene e Ansel dois dos principais protagonistas – os irmãos Tris e Caleb – da adaptação cinematográfica das aventuras idealizadas por Veronica Roth.
Eu amei este filme e chorei um bocado, a história é tão comovente. 5*
adorei o filme, a história é comovente e os actores surpreenderam-me positivamente.