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“Os Mercenários 3 (The Expendables 3)” de Patrick Hughes


Por muito que aprecie a vivacidade e o estilo de Sylvester Stallone y sus muchachos, tenho de reconhecer que este terceiro capítulo (que mantém a cadência de um filme a cada 2 anos) fica bem aquém do esperado.

Mas não me interpretem mal. O filme é exatamente aquilo que seria expetável. Muita ação, “porradinha de velha”, tiros e mais tiros, bandidos a cair que nem peças de dominó, camaradagem, sangue, suor e quase lágrimas – porque um homem não chora! O problema é que para além de uma ou outra adição de grande nível, o filme pouco de novo tem para oferecer… e nós queríamos mais e, também, melhor.

Curiosamente o filme começa em grande nível. Tanto em termos de ação como de humor – aquele bem ácido, característico de gente bem máscula – a cena inicial preenche por completo as nossas medidas. O senão começa quando Stallone tenta renovar a sua equipa (com malta bem mais nova) e acaba por dispersar, em demasia, o protagonismo do filme. A dada altura temos mais de uma dúzia de durões (e uma durona) a encher a tela e falta tempo (de antena) para demonstrar a pertinência de todos.

De entre as novas caras destaca-se naturalmente Antonio Banderas, com um grande papelão e Wesley Snipes, não tanto pelo seu desempenho mas por marcar um saudoso regresso à 7ª arte, depois de um período mais axadrezado na sua vida. Quanto aos mais novos ficou um certo ar de desilusão pela escolha de nomes não tão mediáticos como seria de esperar… e, logicamente, sem o mesmo apelo e talento.

Depois de resgatarem (das trevas) um antigo companheiro, Ross (Stallone), Christmas (Jason Statham) e demais Expendables embarcam em nova missão num dos locais mais instáveis do planeta, a Somália, no encalço de um perigoso negociador de armas.
Mas quando a operação corre mal e o assunto se torna pessoal, Ross decide prescindir dos seus companheiros de longa data em detrimento de uma nova (em todos os sentidos) equipa. Estarão eles à altura do desafio?

Não há como não gostar deste grupo de rejeitados – mais dos “velhos” do que dos novos, obviamente – mas à segunda sequela, Stallone e demais responsáveis já deveriam saber que não basta repetir a fórmula e acrescentar-lhe uma ou outra cara laroca para agradar aos seguidores mais fiéis (nem tão pouco aos mais novos!).

Foi bon(zinho) mas não irá deixar saudades, essa é a verdade.
Se o primeiro foi revivalista e o segundo fiel, à terceira parece que alguém pôs o pé na poça.

Esperemos que na próxima sequela (que ainda assim parece uma certeza) voltemos a deparar-nos com cinema (série B) de grande qualidade!

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