“Foxcatcher” de Bennett Miller
A reputação precedi-o mas o resultado final fica bem aquém do esperado.
A frase podia dirigir-se ao realizador Bennett Miller que com apenas 2 trabalhos (Capote e Moneyball) conquistou um imenso respeito e admiração porém, a frase tinha por destinatário o próprio filme.
Foxcatcher vinha rotulado como um dos Melhores do Ano mas à parte de 3 grandes desempenhos, especialmente o de Steve Carell, e de um estupendo trabalho de caracterização (ou Maquilhagem e Penteados, como será mais correto dizer, atualmente), o filme pouco mais tem para oferecer.
O filme traz, sim, um dos grandes desempenhos do ano e uma das maiores transfigurações (artificiais) dos últimos tempos. Carell está, de facto, irreconhecível como John du Pont, fruto das mãos habilidosas de Bill Corso e Dennis Liddiard mas, também, do inesperado desempenho de um ator vem mais conotado com a comédia do que com personagens com tamanha densidade.
A seu lado Mark Ruffalo e Channing Tatum, no papel dos dois irmãos Schultz – campeões Olímpicos de wrestler em 1984 – que integraram o projeto imaginado por John du Pont de promoção do desporto norte-americano. Foxcatcher, era esse o nome da equipa que juntou os 3 homens em busca do sonho de voltar a triunfar nas Olimpíadas, Porém, o objetivo nobre e promissor que parecia dirigir esta louvável iniciativa vai, pouco a pouco, dar lugar a algo bem diferente… e tenebroso.
Mesmo colocando de lado as contundentes críticas e os rasgados elogios do próprio Mark Schultz, sente-se que há definitivamente algo de estranho no desenrolar do filme. Com uma estrutura bem mais próximo de Capote do que de Moneyball, Miller explora toda a intensidade dramática da história (verídica!), mantendo-nos meticulosamente à margem das reais motivações dos protagonistas. E pouco mais.
O filme, como um todo, não me convenceu.
Longe disso.
Critica muito superficial…. Ha tanto subtext que pelos vistos nao ficou compreendido. Sugiro que veja o filme novamente. Mas pronto…opinioes…
subtext? superficil? opiniões? anonimo?
comentar um comentário, utilizando o mesmo tipo de argumentos, cujo utilização se critica, não ajuda a clarificar.
Gostávamos, sim, de ver defendida uma opinião distinta. Isso sim acrescenta algo à crítica.