“Vingadores: A Era de Ultron (Avengers: Age of Ultron)” de Joss Whedon
A exigência é outra, naturalmente.
Depois de, em 2012, Joss Whedon ter assinado um dos mais ambiciosos e aguardados filmes de super-heróis da História, o regresso da “equipa” (disfuncional) vem acompanhado de redobradas expetativas.
The Avengers confirmou, dúvidas houvesse, que os filmes de super-heróis iriam estar por cá para durar. Iron Man, Thor, Captain America, Hulk. A teia foi crescendo mas o núcleo duro manteve-se intocável, pelo menos para mais uma aventura!
Em The Winter Soldier foi possível perceber, indubitavelmente, que o enredo montado pela Marvel (e financiado pela Disney) jamais voltaria a ser estanque. Individualmente ou em conjunto, a história evolui como um todo, cativando cada vez mais fãs e alargando as possibilidades de sucesso.
O único senão, é que tanta interligação entre filmes começa a dificultar o acompanhamento da matriz geral, especialmente para quem (ainda) não teve a oportunidade de ver TODOS os filmes. A partir daqui a história é apenas UMA… talvez com a exceção de Thor (que pode sempre viajar para Asgard) e da eventual introdução de novos vingadores (como Ant-Man).
Com a cada vez mais eminente invasão alienígena (rechaçada em The Avengers), as inseguranças e fragilidades tecnológicas (em Iron Man 3) e o fim da S.H.I.E.L.D. (em The Winter Soldier), os Vingadores continua a colaborar em operações mais delicadas.
Mas tudo está prestes a mudar quando Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Bruce Banner (Mark Ruffalo), na tentativa de criar um mecanismo de defesa planetário de defesa, criam, sim, um novo super Vilão, de seu nome Ultron (James Spader).
Muitas surpresas se seguirão. Novos vilões, heróis, famílias inteiras, regressos mais ou menos previstos, desconfianças antigas, mortes.
Pese embora a enorme competência de Whedon em construir uma narrativa apelativa e, sobretudo, em conseguir encontrar tempo de antena para todos os protagonistas, o filme acaba por não corresponder plenamente às expetativas criadas pelo seu antecessor.
É fantástico voltar a encontrar tanto carisma e tantos super poderes numa só sala mas quando um filme parece (evidentemente) apenas mais uma peça numa vasta engrenagem, sabe a pouco.
Não querendo personalizar nem ser injusto mas grande parte dessa falta de impacto instantâneo vai para as lacunas ao nível vilão principal do filme. Em tempos li algures que um filme de (super-)heróis vale tanto quanto a qualidade do seu (principal) vilão… e quando olhamos para o exemplo máximo dessa máxima – Joker em The Dark Knight – não restam dúvidas quanto à sua pertinência.
Ultron é um vilão temível mas infelizmente – pese embora o enorme esforço de James Spader – vem desprovido de qualquer carisma ou afetividade. Quando não chegamos a equacionar “torcer” pelo mau da fita, está tudo explicado!
Palavra final para o IMAX 3D.
Confesso que esperava algo um pouco mais grandioso (fruto de anteriores experiências a 180º) mas fica a certeza que se é para ser em 3D que seja em IMAX! A dimensão visual e sonora do filme ganha, de facto, uma outra dimensão, transformando o cinema num “novo” espetáculo! Ainda que ligeiramente defraudado, estou plenamente rendido!
Foi um prazer. Foi um espetáculo.
A repetir.
Tou com uma inveja, queria ter visto o filme em IMAX e não consegui. xD
Este é um dos melhores blockbusters do ano e recomendo vivamente este filme, oferece excelentes efeitos e um dos melhores vilões do cinema dos últimos tempos.
5*
Lê a análise completa a "Vingadores: A Era de Ultron" em http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/06/vingadores-era-de-ultron.html