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“Spy” de Paul Feig


Paul Feig ainda vai fazer de Melissa McCarthy uma grande atriz (de comédia)!
… é TUDO o que apetece dizer.

Depois dos titubeantes The Bridesmaids e The Heat, realizador e protagonista voltam a colaborar… e desta vez pouco há a apontar. Algures entre a sátira aos filmes de James Bond e uma original comédia de ação, Spy diverte, convence e funciona em pleno.

O mundo da espionagem, desde os sedutores e implacáveis agentes secretos até aos inseguros, desleixados e insossos agentes de ligação (ou de backoffice), é a deixa para muitas gargalhadas, algumas cenas de ação bem imaginadas e grandes papelões.

Sim, porque se McCarthy assume total e competentíssimo protagonismo, acaba por ser Jason Statham a “roubar” grande parte das cenas… até mesmo depois dos créditos terminarem!
Com o ar de machão que lhe é reconhecido como herói de ação, Statham caricatura-se a si mesmo (e às diversas personagens do género que encarna), levando a sua imagem de durão até ao limite, para gáudio da plateia.

Acaba por ser esse o grande trunfo de Feig neste filme. Ao invés de colocar os seus protagonistas em situações incómodas e exacerbadas, coloca a sátira, a auto-consumição e um humor mais refinado ao seu serviço. Não se enganem, o filme continua a ter os seus momentos mais “badalhocos” mas de forma bem mais elegante e contextualizada do que que acontece na larguíssima maioria das comédias norte-americanas.

Como em qualquer filmes que quer ser levado a sério, o argumento, apesar das improbabilidades e inverosimilhanças naturais do género, tem a coerência mais do que suficiente para nos manter atentos e curiosos, ao mesmo tempo que vai construindo um pouco melhor as personagens. Perfeito.

Apesar de estar apta para o trabalho de terreno, Susan Cooper (McCarthy) contenta-se com uma função de secretária, acompanhando à distância as missões (secretas) do sedutor e certeiro Bradley Fine (Jude Law). Porém, quando a identidade de todos os agentes é revelada, Susan apresenta-se como a única solução possível. Sem experiência e contando apenas com apesar do auxílio do seu esforçado e omnipresente colega de trabalho, Rick Ford (Statham), a agente está determinada em resolver este caso bicudo.
E o mínimo que se pode dizer é que Paris, Roma, Budapeste e… a CIA não voltarão a ser como de antes!

Dêem-lhe uma oportunidade. Não se irão sentir defraudados!

E no final nada de sair da sala antes do tempo. Para além dos grafismos que vão revelando um pouco mais do futuro das personagens, ainda temos direito a uma maluqueira daquelas!

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  1. "Spy" é um filme bastante cómico e recomendo que o vejam. – 4*
    Análise completa. – http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/07/spy.html
    Cumprimentos. – Frederico Daniel.

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