“Transporter: Potência Máxima (The Transporter Refueled)” de Camille Delamarre
Ir ao IMAX sem quaisquer expetativas é, por defeito, sinónimo de boa surpresa!
O filme até pode nem ser grande coisa, a história pode até ser fraquinha, os atores uns canastrões e as motivações lastimáveis mas quando aquele som começa a ecoar pela sala e a montanha-russa (de emoções) depara-se em frente dos nossos olhos, não há como resistir!
Depois de 3 aventuras a cargo de Jason Statham – um dos action heroes preferidos cá do burgo – o franchise Transporter viu-se obrigado a seguir novo rumo. [Não disponho de qualquer informação privilegiada mas algo me diz que o tio Jason, por muito agradecido que possa estar, tem coisas mais interessantes para fazer.]No seu lugar temos agora Ed Skrein, um jovem ator inglês que começa a dar nas vistas, tendo já previsto uma série respeitável de estreias no próximo ano (Kill Your Friends, Deadpool, The Model). Para já, vale pelo esforço, pela genica, e poucos mais.
Quanto ao filme, os princípios fundamentais da série (da qual só conheço em teoria) mantém-se. Um motorista qualificado, um (ou vários) automóvel topo de gama e adaptado às necessidades do seu dono, clientes ávidos por serem transportados! Fora isso, é porradinha da velha, o eterno charme do fatinho aprumado e algumas cenas de perseguição mirabolantes, tendo a sempre fotogénica Côte d’Azur como pano de fundo.
Frank Martin – muda a cara mas não muda o nome da personagem – prossegue a sua profícua atividade de motorista qualificado, convivendo pontualmente com o seu pai (Ray Stevenson) que se prepara para uma merecida reforma. Mas a sua paz de espírito está prestes a desaparecer quando é contratado por uma misteriosa mulher de poucas palavras (Loan Chabanol). Sem se aperceber, Frank (Skrein) é envolvido num meticuloso assalto num Banco em Monte Carlo que, na verdade, é apenas o primeiro passo numa ardente vingança entre máfias russas a operar no Sul de França. And so it goes….
Produzido por Luc Besson, o franchise Transporter já teve na cadeira de realizador nomes como Louis Leterrier (Now You See Me e The Incredible Hulk) e Olivier Megaton (Taken 2 e 3). Agora é a vez do também francês Camille Delamarre assumir essa responsabilidade… e facilmente se percebe as suas origens como editor. Um ritmo incessante, planos de grande qualidade mas uma total inépcia no que diz respeito à história e às personagens.
Fará as delícias do seu público mesmo tendo de se resumir ao cinema “série B”, puro e duro.
…mas convém ir com as expetativas BEM em baixa, ok!
-
Pingback: “Overdrive – Os Profissionais” de Antonio Negret – Doces ou Salgadas?