“Polícias em Grandes Apuros (Ride Along 2)” de Tim Story
Mais estranho do que não ter visto o original Ride Along estrear nas nossas salas de cinema, só mesmo a (acertada, diga-se) estreia deste Ride Along 2 em pleno mês de janeiro.
Fenómeno de bilheteiras nos EUA em 2014 – e um filme divertido e minimamente competente (como tivemos oportunidade de confirmar in loco, recentemente) – Ride Along quedou-se pelo direct-to-DVD no nosso país, apesar das referidas valências.
O sucesso comercial garantiu-lhe “automaticamente” uma sequela (pelo menos), ajudado ainda pela ausência na 7ª arte das sempre apetecíveis buddy cops comedies. E, mesmo sem ter estreado o filme anterior, eis que a sequela faz coincidir a sua estreia nos EUA com a nacional.
Ice Cube e Kevin Hart são os parceiros e cunhados destas aventuras. Depois de no primeiro filme termos assistido ao “Dia de Treino” do cadete Ben Barber (Hart), desta vez o aspirante a detetive terá direito a uma viagem de trabalho até Miami, novamente como acompanhante de James Peyton (Cube), afamado detetive e, nada mais, nada menos, do que o irmão super-protetor da sua futura esposa.
A dinâmica entre os dois é competentíssima, caindo que nem uma luva as personagens de durão a Ice e de fala-barato a Kevin. Tal como no primeiro filme, o humor toma conta de grande parte da história, relegando o enredo policial para segundo ou terceiro plano. Como é apanágio no género as questões criminais e de investigação são bastante (demasiado??) simplificadas de forma a dar espaço ao cinema mais ligeiro.
Relativamente ao elenco, para lá da dupla de protagonista, destaque para Olivia Munn que se prepara para estar em todo o lado este ano e para Ken Jeong – mais (re)conhecido como o asiático de The Hangover. Duas adições que não acrescentando muito à história, acabam por alargar os horizontes da série, ela do ponto de vista mais sentimental, ele como difusor da vertente mais cómica.
Numa altura do ano em que as salas de cinema estão cada vez e cada vez mais ocupadas com os grandes filmes do ano – na sua larga maioria filmes de qualidade mas sérios, dolorosos (em alguns casos) e bem reais – sabe, naturalmente, bem, encarar a sala de cinema com um sorriso nos lábios, certos que tudo o que nos espera é 1h30 de diversão.
Nesse propósito Ride Along 2 cumpre muito bem a sua função… mesmo não sendo nada de especial.