“Horas Decisivas (The Finest Hours)” de Craig Gillespie
Parece incrível como histórias como esta “demoram” 60 anos até chegar à 7ª arte. Felizmente a tecnologia, IMAX, consegue justificar o hiato.
Estamos nos anos 50 e uma das mais tenebrosas tempestades da história coloca toda a Guarda Costeira de sobreaviso. Quando um petroleiro se parte ao meio ao largo da costa Este dos EUA todos os meios são accionados para a operação de resgate e salvamento. Mas quando um segundo petroleiro, o SS Pedleton, se parte igualmente em dois, resta aos mais de trinta marinheiros pouco mais do que a coragem e a tenacidade de Bernie Webber (Chris Pine), Richard Livesey (Ben Foster), Ervin Maske (John Magaro), Andy Fitzgerald (Kyle Gallner) e do seu pequeno bote salva-vidas.
Em condições extremas, com reduzidíssimas probabilidades de sucesso, quatro homens fizeram… o impossível!
É um filme Disney, pois claro. Happy ending garantido, heróis, superação, a lágrima no canto do olho e uma História inacreditável. O bónus é mesma a sala IMAX. Mais do que as imagens – impressionantes e assustadoras – o que me causou mais comoção foi mesmo o impacto sonoro. É certo e sabido que a tecnologia da sala coloca dos nossos sentidos “em sentido” mas o estrondo das ondas e dos barcos a ranger é algo poderosíssimo!
Para além de Chris Pine e Ben Foster destaque, ainda, para a presença de Casey Affleck – parece que é desta que a sua carreira explode -, Holliday Grainger e, num papel bem mais discreto, Eric Bana. Razões de sobra para garantir o sucesso do filme.
De resto é uma história simples, mesmo que inacreditável, e uma transposição para a 7ª arte competentíssima. Craig Gillespie já fez um pouco de tudo e sempre bem. O neurótico Lars and the Real Girl, o vampírico Fright Night ou o desportivo e inédito entre nós Million Dolar Arm. Chega agora a vez da aventura, para toda a família. E uma pitada de romance e humor, para compor.
Custa-me (a perceber) que a sala IMAX não encha para ver filmes como este. Ação e emoção garantidas, tirando realmente partido das mais valias da tecnologia disponível.
É impossível não sair da sala maravilhado com o que é hoje em dia possível fazer/ver numa sala de cinema… e com o heroísmo de gente humilde, corajosa e naturalmente maluca.
Da próxima, não deixem passar mais 60 anos.
Pode ser?!