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“The Accountant – Acerto de Contas” de Gavin O’Connor


A diferença que 15 dias fazem…

Não estou com isto a dizer que a minha opinião sobre o filme se tenha alterado (bem pelo contrário) mas aquele que seria um dos melhores filmes do ano (e continua a ser) é visto agora sob outra perspetiva com a estreia de filmes como Arrival e Hacksaw Ridge. É que, de repente, o lugar no pódio não parece fácil de manter. Mas deixemo-nos de comparações (impossíveis).

Ben Affleck é o cabeça-de-cartaz. Desta vez apenas como protagonista mas a verdade é que desde o seu sucesso meteórico como realizador (Gone Baby Gone, The Town e, obviamente, Argo!), o Ben Affleck-ator passou a ser bem mais respeitado. É verdade que a escolha de projetos ajudou ( os já referidos The Town e Argo mas igualmente The Company Men ou Gone Girl – e de alvo das piadas dos talk shows norte-americanos, Ben passou a ser convidado dos mesmo.

O reconhecimento valeu-lhe um contrato churodo com a Warner Bros. que lhe garante o protanismo e realização de um dos super-heróis mais acarinhados pelo público, ao mesmo tempo que le dá a liberdade para se aventurar em projetos mais pessoais e dramáticos.
The Acountant é um desses projetos… seguindo-se já em Janeiro o seu regresso atrás das câmaras com Live by Night.

Em The Accountant as rédeas estão nas mãos de Gavin O’Connor, um realizador talentoso mas pouco reconhecido… até ter assinado um dos filmes de 2011 (Warrior). A partir daí a cadência de projetos passou a ser outra e mesmo o pecalço que dá pelo nome de Jane Got a Gun não lhe impossibilitou abraçar projetos de outra envergadura, como este.
Seguro, inteligente e surpreendente, o contabilista interpretado por Ben é constuído paulatinamente, pela habilidade de um realizador talentoso e a experiência de um ator cada vez mais à vontade em todo o tipo de projetos.

Pelo meio encontramos Anna Kendrick a fazer de… Anna Kendrick. A moça tem bastante jeito mas ou os papéis escolhidos começam a ser demasiado repetitivos, ela tem talento apenas para fazer um determinado papel. Alguém que lhe arranje um agente (ou um professor) s.f.f. .
Temos ainda os (mais) veteranos Jeffrey Tambor e J.K. Simmons, malta de muito talento e provas (mais que) dadas e Jon Bernthal um nome (com plena justiça) cada vez mais presente em Hollywood.

Christian Wolf (Affleck) é o contabilista que dá título ao filme. Um homem reservado e de extrema competência que para lá da sua imagem de total alheamento do mundo que o rodeia, guarda dois segredos bem pessoais: o seu autismo e a sua habilidade para o manejo de armas de fogo e de defesa pessoal.
O seu mundo perfeitamente organizado irá sofrer um enorme abalo quando, num serviço aparentemente inofensivo, o número de corpos começa a aumentar a um ritmo inexplicável. Ameaçado, pelo cliente, e perseguido, pelas forças policiais, Christian será obrigado a fazer uso de todos os seus recursos para manter-se vivo e descobrir o porquê da sua insegurança.

Temos ação, humor (mesmo que na sua larga maioria, negro), romance (mesmo que muito mas mesmo muito subtil), intriga, drama e, sobretudo, uma forma precisa de os misturar.

É um dos grandes filmes deste ano e, seguramente, um dos mais completos.
Gavin e Ben estão de parabéns!!

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