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“xXx: O Regresso de Xander Cage (xXx: Return of Xander Cage)” de D.J. Caruso

Ora bem, Vin Diesel parece condenado – ainda que duvido que o moço se importe muito com isso – a fazer este tipo de personagem.

O Durão com um lado sentimentalista encaixa-lhe que nem uma luva, seja na pele de Dominic Toretto ou de Xander Cage. É caso para se dizer “encontra as diferenças”!
Pelo meio, tenta encaixar outro tipo de papéis, como por exemplo, a saga Riddick – que não difere assim tanto das anteriores – e outros menos recomendáveis. Tudo espremido dá o “modelo” Fast & Furious. O truque, é que poucos o fazem tão… bem!!

No início do milénio, já lá vão 15(!!) anos, Vin Diesel recusou o regresso a Dom, no segundo capítulo da saga F&F, para uma nova experiência num filme surpreendente que misturava o cinema de ação com os desportos radicais, em pleno crescimento e fase de afirmação na altura. O resultado foi bastante satisfatório e deu ao ator californiano nova prancha de lançamento para outros voos. Que nunca vieram a acontecer…

Consubstanciado o regresso a F&F, com o estrondoso sucesso que todos conhecemos, Vin Diesel regressa agora a xXx – depois de em 2005 ter dado a vez a Ice Cube. Pode parecer complicado… mas não é. Xander Cage estava literalmente à espera de ser resgatado. Só faltava juntar as peças.

Samuel L. Jackson – o elo de ligação de tantos e tantos franchises – dá vida a Augustus Gibbons, o mentor do projeto xXx e a razão do “regresso” de Xander Cage (Diesel) ao ativo.
A ordem mundial parece ameaçada por um novo tipo de terrorismo. Audaz, surpreendente e radical. Apenas alguém que conhece todos esses meandros pode detê-los… ou pelo menos, lutar de igual para igual. Instruído pela rígida Jane Marke (Toni Collette), Cage junta o seu bando e de reviravolta em reviravolta, lá consegue levar o seu barco a bom porto, literalmente.

O realizador D. J. Caruso que depois das boas surpresas que se revelaram Disturbia e Eagle Eye, parece tardar em recuperar a sua estrela. xXx não será o local ideal para a redenção mas sempre lhe garante alguma visibilidade e novas oportunidades (sob a forma de G.I. Joe, segundo consta).

Claro que, tirando um ou outro momento bem encaixado, nomeadamente no início e no fim do filme, não se ganhou grande coisa. É por demais evidente o esforço dos intervenientes em construir um legado – a rentabilizar num futuro próximo – mas pelo caminho parecem esquecer que há (será que há mesmo?) uma história por contar.
A sala IMAX ajuda a passar o tempo mas não faz milagres. Perdido entre o filme de proezas radicais (cada vez mais escassas) ou o filme de ação série B, o regresso de Xander Cade pode convencer os seus fãs mas deixa os demais – a larga maioria – com aquela sensação seca de chiclete sem sabor.

Vin Diesel continua a espalhar charme, músculos e proezas radicais, mas é pouco. Talvez num straight-to-dvd seja mais do que suficiente mas numa sala de cinema, para mais em plena temporada dos prémios, a exigência é outra.

Dá para descontrair e esquecer o dia-a-dia? Dá.
Vale o bilhete de cinema? Aí, tenho as minhas sérias dúvidas.

Vin Diesel, Samuel L. Jackson, D.J. Caruso (e até Ice Cube) terão outras oportunidades para dar nas vistas e ajudar a esquecer esta semi-desulisão.
Não que as expetativas fossem muito elevados mas o filme não chega a justificar o regresso dos xXx.

 

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