Antevisão “Blade Runner 2049” de Denis Villeneuve
O original de 1982 é um daqueles clássicos que nunca tive a oportunidade de ver. Curiosidade nunca faltou, ainda que seja complicado apreciar filmes de ficção científica mais de 35 anos depois deles terem estreado… sob pena da realidade ter superado a futurologia.
De qualquer forma, o filme de Ridley Scoot continua a ser (e sempre será!) um dos marcos do género. Um filme aparentemente único e revelador que merece ser visto a qualquer momento. De preferência ainda da estreia de Blade Runner 2049 nos cinemas (auto-crítica!).
A sequela, será essa ao que tudo indica a estrutura do filme de Denis Villeneuve, prossegue a história dos androids e dos seus criadores. No elenco, para além de Harrison Ford, que volta para contar (o resto d)a história de Rick Deckard, temos os não menos contundentes Ryan Gosling e Jared Leto. E, ainda, Dave Bautista, Ana de Armas e Robin Wright. Não me parece que seja necessário tomar muito do vosso tempo para apresentações desta malta.
Regressemos, então, a Denis Villeneuve. O conceituado realizador canadiano, responsável pelo melhor filme de 2016 e arredores, Arrival, – e pelo melhor filme não inglês de 2010, Incendies – prossegue o seu percurso virtuoso na 7ª arte, assumindo a sempre dolorosa responsabilidade de recuperar para uma nova geração um dos filme míticos do cinema. Um empreitada em que tem muito mais a perder do que a ganhar mas para a qual Denis parece, de longe, o cineasta da atualidade mais bem preparado para levar a bom porto. E ainda falam de expetativas em alta…
Tal como o filme de 1982, o novo Blade Runner promete uma experiência visual sem precedentes, submergindo-nos em ambientes indescritíveis e deslumbrantes. Naturalmente distinto do seu antecessor, o trabalho de Villeneuve e do seu director de fotografia, Roger Deakins, (que já conta com 13(!!) nomeações aos Oscars®… e nenhuma estatueta) neste 2049, promete ser um dos marcos cinematográficos do ano. 14ª nomeação. 1º Oscar®?
Claro que não só de “imagens” irá viver este 2049. O enredo promete revelar alguns dos segredos deixados em aberto pelo filme original e, sobretudo, deixar-nos com a cabeça à roda com surpresas, twists e um intenso confronto de gerações. A meio caminho entre o thriller e o filme filosófico, a ficção científica promete desequilibrar a balança e deixar convencidos os seus acérrimos apreciadores. A expetativa é quase palpável e o céu (ou o criador!) é o limite.
Antes de fechar a antevisão com o habitual poster nacional e data de estreia em Portugal, deixamos as curtas metragens que ajudam a fazer a ponte entre Blade Runner e esta sequela. Para quem gosta MESMO de saber o que se passa!
2036
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Blade Runner 2049 estreia, em Portugal, a 5 de Outubro.