“Star Wars: Os Últimos Jedi (The Last Jedi)” de Rian Johnson
Não sei se estivemos perante o outro lado (negro) da Força mas tenho a certeza que The Last Jedi ficará na memória como um dos filmes mais marcantes da saga Star Wars.
Depois de The Force Awakens ter-se revelado pouco mais do que uma homenagem ao Universo Star Wars, com imensas piscadelas de olho ao passado e ao imaginário coletivo de todos os fãs (e intervenientes) da saga, Rian Johnson “limitou-se” a partir tudo e preparar o futuro para os próximos (largos) anos.
Não é normal que o filme do meio de uma trilogia tenha um impacto tão grande em termos narrativos e estruturais. Esse é o maior feito do realizador do Maryland, a coragem para desafiar dogmas com mais de 40 anos e criar um novo palco para os novos heróis da saga.
The Last Jedi começa extamente onde o seu antecessor terminou. Rey (Daisy Ridley) na presença de Luke Skywalker (Mark Hamill), o último Jedi (vivo). Finn (John Boyega) a recuperar fôlego para novas aventuras. Poe (Oscar Isaac) a desafiar a Primeira Ordem. Leia (Carrie Fisher) a fugir do seu destino. E toda uma série de novas personagens que preenchem o nosso imaginário e fazem-nos crer e querer mais. E haveria muito mais para contar…
Visualmente o filme é igualmente deslumbrante. Pessoalmente o destaque vai para a sequencia em Crait (no final do filme) mas não faltam novos mundos a explorar, novas personagens surpreendentes e mais viagens e naves espaciais!
Arrisco-me a dizer que trata-se do melhor filme da saga Star Wars que já vi numa sala de cinema, i.e., para lá da primeira trilogia. Divertido, emocional, inspirador e, sobretudo, inovador. O que não é nada fácil, num Universo tão escrutinado e idolatrado quanto este.
Para o ano teremos o regresso às origens de Han Solo e para finais de 2019, o fechar da 3ª trilogia da saga Star Wars. J.J. Abrams voltará a pegar na batuta mas depois da contribuição de Rian Johnson, a tela está quase em branco para ser preenchida a seu belo prazer. E dos fãs.
Não estarão na posição mais confortável, os fãs, mas mais friamente daqui a uns dias (ou semanas, neste caso) será fácil concluir que Johnson fez aquilo que Abrams devia ter tido coragem de fazer: mostrou-nos todo o potencial da saga, mas de forma corajosa, inteligente e desafiadora.
Não terá sido à toa que a Disney/LucasFilm já o incumbiu de preprar o futuro do franchise, para lá de 2020. Está entregue em boas mãos, sim senhor!
May the force be with you (all)!
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