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“Um Ritmo Perfeito 3 (Pitch Perfect 3)” de Trish Sie

Efetivamente fica a ideia que a história já não tem/tinha para onde ir…

Depois do sucesso surpresa, em 2012, e da obrigatória competente sequela 3 anos volvidos, a saga das meninas cantoras parecia que não teria fim. A legião de fãs foi crescendo exponencialmente e a cumplicidade entre as protagonistas era cada vez mais latente e apreciada.

No entanto, um filme (ou pelo menos a maioria deles) precisa de uma história. De um começo, um meio e um fim. Não lhe bastam as personagens, por muito agradáveis que sejam. E, por muito que nos custe a todos, o final da trilogia mais do que deixar saudades, pareceu inevitável.

Aliás, todo o filme e toda a sua promoção foi construído a partir do princípio que estávamos cá para nos despedirmos das Bellas. E elas entre si. Ficando a clara sensação que mais do que ninguém, Anna Kendrick, Rebel Wilson, Brittany Snow, Anna Camp, Hailee Steinfeld e as demais meninas, divertiram-se bem mais a fazer o filme, do que nós a vê-lo.

Com o final do seu percurso universitário, Beca, Fat Amy, Chloe, Aubrey têm agora carreiras de sucesso. Só que… não têm, bem pelo contrário. As saudades dos seus tempos de cumplicidade e a desculpa oportunidade para mais uma digressão, voltarão a juntar as Bellas para mais uma atuação. A Europa é o seu destino, mais propriamente o mediterrâneo. E entre alguns duelos musicais, a lembrar os bons velhos tempos da faculdade, as meninas irão envolver-se num complexo plano de extorsão e chantagem.

Ou não.

Para além dos palcos e dos seus momentos mais intimistas, o filme pouco ou nada tem para oferecer. A história paralela que deveria conduzir o filme falha redondamente, deixando-nos a braços com alguns momentos confrangedores que nitidamente apenas servem para “encher” a 1h30 de filme. Mas não sejamos injustos, quando estão no seu ambiente as Bellas continuam a formar um belo conjunto, repleto de alegria, emotividade e cumplicidade. Ao ponto das personagens se confundirem, indiscutivelmente, com as próprias atrizes.

Fica a saudade e a clara sensação que daqui a uns anos (uma década?!?) as meninas/mulheres voltarão a encontrar-se para afinar as vozes e testar novos movimentos de dança. Por agora, ficamos uma bela história de sucesso que começou melhor do que terminou mas que não deixou de resultar num ótimo entretenimento.

Foi, de facto, bom… enquanto durou.

  

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