“As Cinquenta Sombras Livre (Fifty Shades Freed)” de James Foley
Se o 1º capítulo tinha o efeito surpresa e uma banda-sonora e o 2º um romance e algum frison, este final da trilogia Fifty Shades pouco ou nada tem para oferecer.
Dakota Johnson e Jamie Dornan estão de regresso aos papéis de Anastasia Steele e Christian Grey, respetivamente, mas, mesmo perante o crecente àvontade na sua relação em frente das câmaras, a química teima em não se consumar.
Mas, esse nem é o maior problema deste 3º capítulo. O enredo tem mais buracos que a lingerie da Anastasia. As personagens a densidade de uma camisa de noite e o desenlace a paspalhice de uma qualquer cena de ciúmes.
No quarto (vermelho) e não só(!), as cenas de sexo parecem recauchutadas, sem chama, sem novidade, sem emoção. E mais chocante é mesmo perceber – pelo menos após uma rápida leitura dos resumos do livro – que o argumento segue quase à risca a história imaginada por E. L. James.
Se o fenómeno é incontestável. Já a qualidade do produto cinematográfico deixou bastante a desejar.
Depois do noivado, Anastasia e Christian não tardaram em dar o nó. Mas a idílica lua-de-mel por terras francesas é rapidamente abalada por estranhos acontecimentos na sede da Grey Enterprises em Seattle. Rapidamente de volta aos EUA, o par romântico tenta adaptar-se à vida de casados enquanto o perigo parece estar sempre à espreita.
Por entre vários clichés sobre as rotinas familiares, o filme segue a temática dos seus antecessores, encaixando cenas de sexo (umas com mais, outras com menos piada) nos intervalos de um enredo paupérrimo e desinteressante.
Pior só mesmo a sensação, ao sair da sala de cinema, de que até haveria espaço e comprometimento do público para novas aventuras, novos rumos e novas experiências. Mas não houve talento nem descomprometimento para tal.
Quanto ao prometido Clímax?
Ficou, ao invés, um enorme vazio (de pipocas)!
As Cinquenta Sombras Livre: 3*
É um bom filme, mas é mais do mesmo.
Cumprimentos, Frederico Daniel.