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“Assim Não Vais Longe (Tout le Monde Debout)” de Franck Dubosc


Já que estamos, vamos dar mais uma voltinha.

Paris volta a ser cenário (e personagem?) de mais uma comédia ligeira francesa, desta vez com um elenco e um enredo mais em linha com o que nos tem habituado.

Alexandra Lamy, protagonista de tantas outras comédia que têm chegado ao nosso país nos últimos anos, volta a assumir pleno destaque no filme de (e com) Franck Dubosc.
O veterano ator e cineasta francês, assume a tripla função de ator, realizador e argumentista deste Tout le Monde Debout. Mas se o seu Jocelyn é o epicentro de toda a trama, acaba por ser Florence o centro da sua história.

Comédia de costumes com toques de cinema social e cultura, o filme confirma que a comédia não precisa (nem deve!!) de ser um género autónomo da 7ª arte. Quando conjugado com o romance, com o drama ou com a ação, o humor e a boa disposição ganha outro relevo, sai das amarras de “cinema menor” e garante, no pior cenário, aquela inegável sensação de conforto e bem-estar que o cinema ligeiro potencia.

Jocelyn (Dubosc) é aquilo que se pode designar por bon-vivant. Quase cinquentenário, o empresário e garanhão tem como hobby preferido – para lá de gerir a sua empresa de calçado desportivo – conquistar qualquer “rabo de saia” que se atravesse no seu caminho.
Até que conhece Florence. O Don Juan francês pode não estar com as “calças na mão” mas sentado na cadeira de rodas da sua recentemente falecida mãe, por via de um jogo de sedução que tem tanto de idiota como de divertido, apresenta-se totalmente indefeso e desarmado.
Claro que a mentira tem perna curta, como todos sabemos. Mesmo para quem tem toda a lábia do mundo… e mais alguma.

Para além do bom entretenimento, Tout le Monde Debout tem o surplus de deixar bem vincada uma importante mensagem social, de inclusão, demonstrando por A+B que ainda há muito trabalho pela frente em termos de igualdade e inclusão.

Com graça, inteligência e elegância é bem mais fácil passar a mensagem e, nesse aspeto, todo o mérito para Dubosc.

Mais do que uma vez, também nós ficamos desarmados, sem saber ao certo se devemos rir ou chorar com mais uma alarvice do nosso protagonista. E mesmo com um final algo desinspirado, o cômputo geral só pode ser positivo.

Afinal de contas, podemos ser felizes em Paris… todos os dias!

   

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