“Meg: Tubarão Gigante (The Meg)” de Jon Turteltaub
Jason Statham vs Tubarão Gigante.
O resultado final é o esperado, incluindo a habitual nota de estilo do ator inglês.
Um dos nossos atores preferidos, no que ao cinema de ação diz respeito (serie B style), está de volta às salas de cinema nacionais mas desta vez o “saco de pancada” habitual é substituído por um gigantesco tubarão pré-histórico. Novidade na carreira do ator e sem dúvida algo estranho no que aos seus dotes cinematográficos diz respeito… mas tudo feito com o devido enquadramento narrativo.
Percebe-se a léguas que o financiamento do filme tem origens asiáticas, nomeadamente chineses mas, para lá de um ou outro momento deprimente (não coincidentemente protagonizado pelas estrelas locais) a habitual competência quando o dinheiro é bem empregue e uma história com um equilibrado fundamento científico e histórico.
É, sem dúvida, um blockbuster pipoca – com todos os devidos tiques – mas é um com a preocupação de manter o mínimo de coerência e consistência, ao longo das quase 2h de uma evidente homenagem ao mítico Jaws!
Se relativamente a Statham não há muito a acrescentar ao seu habitual registo – quem gosta, gosta! quem não gosta, paciência! – já o Megalodon merece algum desenvolvimento de personagem. A motivação é óbvia, ou pelo menos instintiva e o seu aparecimento habilmente justificado. Ou seja, q.b. para o género em questão.
Pela altura da sua estreia, o seu protagonista comentava com alguma tristeza relativamente à ausência de sangue na versão final do filme. É um facto! Isso não quer dizer que o filme não tenha os seus momentos “almofada em frente da cara” mas na larga maioria das vezes fica-se pela intenção.
Claro que não é necessário ser cientista para compreender o porquê. Produto financeiro por excelência, quanto mais abrangente maior é a probabilidade de sucesso e nesse sentido o M/12 é obrigatório!
Quanto ao enredo, cá fica um breve resumo. Um grupo de cientistas dá de caras com um mito das águas pré-históricas – um tubarão gigante com mais de 25m de comprimento – quanto decidem explorar aquilo que se julgava ser o “fim do mar”. Efetivamente se por baixo dessa espessa camada, um fascinante mundo se encontrava por explorar, existia novos perigos a considerar.
Encurralados, os cientistas irão recorrer a Jonas Taylor (Statham), um socorrista das grandes profundidades com um passado traumatizante, para lhes salvar o pescoço. Mas isso será apenas o primeiro(??) round do duelo Statham v MEG.
É tudo o que se pode esperar de um “veículo” promocional de Jason Statham, do cinema norte-americano financiado por dinheiro chinês e de um Tubarão dos tempos modernos.
Está longe de ser um clássico mas cumpre com destinção a sua função.
Assusta, diverte, entretém e tem um TUBARÃO de 25 METROS!!