“Mile 22” de Peter Berg
É o melhor filme de ação (pura e dura!) do ano, até ao momento!!
Peter Berg e Mark Wahlberg têm concretizado juntos alguns dos mais intensos filmes dos últimos anos. Curiosamente tendo sempre, por base de trabalho, incríveis histórias verídicas.
Desta vez a dupla realizador/protagonista “aventurou-se” pelo profícuo universo da ficção e deu largas à imaginação. Duro e cru. Real, autêntico e sem complacência. Não há meio termo, nem paninhos quentes. Muito menos, momentos mortos. Por assim dizer.
É ação para gente grande, com qualidade. Um enredo simples. Um grupo de elite que tem de transportar um ativo, do ponto A para o ponto B. Mas, naturalmente, não será assim tão fácil.
Existe vários exemplos de histórias semelhantes na 7ª arte – como 16 Blocks, um dos primeiros filmes comentados no nosso site – mas há dois detalhes que o separam da (larga) maioria. A ímpar competência do realizador e restante equipa em retrata de forma hiper realista episódios de guerrilha urbana. E, claro, o rumo inesperado que a história segue. Sem querer revelar em demasia mas preparem-se.
James Silva (Wahlberg) e a sua equipa de elite são colocados à prova quando um dissidente asiático, surge na embaixada norte-americana (de uma qualquer país asiático) na posse de informação classificada. Em troca pela localização de material altamente mortífero, o agente Li Noor (Iko Uwais) pretende obter asilo político e um avião que o transporte para os EUA.
A missão de James e dos seus operacionais? Transportar o camarada asiático ao longo de 22 (perigosas) milhas.
Guerrilha urbana do século XXI por excelência. Qualquer um pode revelar-se uma ameaça, qualquer lugar pode ser uma armadilha. Armas de fogo, armas brancas, luta corpo a corpo, engenhos explosivos, tecnologia. E tudo por causa de 1 homem.
A dada altura parece tudo exagerado. Não necessariamente o grau de violência – mesmo que esse seja igualmente contundente – mas sobretudo o rumo da história. Porém tudo acabará por fazer bem mais sentido do que seria de supor.
Não é, inteiramente à toa, que mesmo antes de estrear (ou de sequer se ouvir falar do filme) já os seus intervenientes mencionavam a possibilidade de uma sequela.
Cá estamos… à espera!
As massas, os críticos e até certo ponto o próprio público parece não ter sido muito simpático com o mais recente projeto de Peter Berg. Pessoalmente custa-me a perceber o porquê?
Pode até faltar alma, sentimento e closere ao filme. Mas desde quando um filme de ação precisa de ter um argumento merecedor de um Oscar?!?
Em termos de ação (real) não vimos melhor este ano!