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“Venom” de Ruben Fleischer

É, seguramente, o maior sucesso de bilheteiras desta rentrée!
… apesar de algumas lacunas difíceis de aceitar.

O plano de Sony em desenvolver o seu próprio Universo Cinematográfico em torno dos heróis da Marvel (que tem em sua posse) ganhou asas com o acordo com a Disney para partilhar o jovem Spider-Man. O ponto de partida estava dado. Faltava provar que havia malta para levar o resto do plano a bom porto.

Venom é a primeira aposta a solo.
Fica evidente a incerteza dos envolvidos relativamente ao rumo a seguir. Felizmente, Tom Hardy é ator suficiente para encaixar tanto na versão mais gore, como na versão mais adocicada que poderia surgir e o ator inglês acaba – um pouco à imagem do que Robert Downey Jr. alcançou nos primórdios do MCU – por “salvar” o projeto e abrir portas.

O homem que já protagonizou Mad Max ou This Means War – e que é apontado há muito como um dos potenciais sucessores de Daniel Graig no papel de 007 – tem a versatilidade e o carisma para carregar às costas um super herói (ou vilão?) do tamanho de Eddie Brock/Venom com uma naturalidade incrível. O seu desempenho é de longe o que de melhor o filme tem para oferecer e a principal (ou mesmo única?) razão para aguentarmos o primeiro acto.

E depois entra Venom em ação. O ser extra-terrestre que surge como um típico vilão do cinema de terror norte-americano, e acaba com ares de buddy film. É entre esses dois extremos que o filme vai evoluindo. A opção por deixar grande parte do gore escondido da câmara pode causar profunda estranheza mas a opção por um entretenimento mais prosaico garante, obviamente, outro público e uma maior abrangência.

O desenlace é novamente frouxo, descareterizado e desinspirado, salvo por um epílogo matinal cativante e uma cena depois dos créditos de fazer crescer água na boca, certo Woody H?

Em boa verdade, se compararmos, por exemplo, o que Iron Man era em 2008 e o que é hoje e o compararmos com esta introdução de Venom não podemos ser demasiado injustos. A exigência a nível dos filmes baseados em heróis da BD é totalmente distinta nos dias de hoje e não é fácil mesclar de forma natural, o cinema de aventura e entretenimento, bem humorado, com pitadas de ação e fazendo justiça às BD originais!!

Na memória fica uma personagem interessante mas que precisa de outra ambição e, sobretudo, definição para abraçar o futuro (risonho?) que a aguarda

(…)

E o mais incrível mesmo, é que todos os rumores em torno da relevância de Life (o filme de terror e suspense protagonizada por Ryan Reynolds e Jake Gyllenhaal, no ano passado) neste Venom. revelaram-se verdadeiros!!

 

   

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