Marvel Stud10s
Agora que nos aproximamos a velocidade vertiginosa do fim da Phase 3 do Marvel Cinematic Universe, cujo início (do fim) está marcado já para a próxima semana com a estreia de CAPTAIN MARVEL, aproveitamos para uma saudosa viagem no tempo.
É verdade! Já por cá andávamos quando TUDO começou!!
7 de Abril de 2008. Iron Man era apenas um esboço e o MCU algo inimaginável. No entanto, sabemo-lo agora, a expetativa pelo início de um novo franchise, tal como anunciado na nossa Antevisão, pecava apenas pela ingenuidade da afirmação. Iron Man confirmava expetativas e começava-se a perceber o IMENSO potencial do filme… e as suas ligações a outros projetos.
Seguiu-se, volvidas meras semanas, The Incredible Hulk. Até à data, a versão de Edward Norton do herói esverdeado, persiste como a grande “pedra no sapato” da Marvel. Parecia evidente que mais e mais heróis iriam conhecer o escurinho das salas de cinema, mas não sem antes assistirmos a uma profunda reformulação do projeto. Anos depois, Mark Ruffalo acabaria por vestir a pele de Bruce Banner e não mais voltamos a ver Hulk a solo.
Tivemos de esperar 2 anos por novos super-heróis. A jogar pelo seguro a Marvel volta a Iron Man, mas este segundo capítulo, mais do que uma sequela, era um perspicaz prólogo que tudo o que viria a acontecer. E já na altura não havia nada a esconder. Ainda demoramos 1 ano a ver Thor no grande ecrã mas, na altura, a única dúvida era apenas quanto tempo demoraríamos até ser inundados por mais e mais super-heróis (da Marvel). E o chamamento por Captain America era por demais evidente!
O desejo de muitos e muitos fãs (onde nos incluíamos) foi concretizado dois meses depois. The First Avenger não chegou a corresponder na plenitude às expetativas. Mas seria sempre impossível fazê-lo, após décadas de espera.
A espera compensou e a Phase 1 termina com um estrondo inaudível. The Avengers mudou para sempre o cinema baseado em super-heróis “dos quadradinhos” e a Marvel preparava-se para tomar conta do mundo (cinematográfico) por entre bruaás de admiração e delírio.
Em êxtase, a Marvel inicia a Phase 2 com o seu suspeito do costume. Robert Downey Jr. volta a emprestar seu talento a Tony Stark em Iron Man 3 mas a aposta pelo seguro revela-se surpreendentemente arriscada. Há, no ar, uma sensação de se estar a matar a “galinha dos ovos de ouro” e, dúvidas houvesse, tinha chegado o momento para novos super-heróis.
Nos 12 meses seguintes tivemos direito às muito aguardadas sequelas dos filmes a solo de Thor e Captain America. The Dark World cumpria com as expetativas e The Winter Soldier confirma a importância de um bom argumento, de um fantástico super-herói e a solidez de um projeto que, naquela momento, já era pensado com anos de antecedência.
E chegamos àquele que tenho para mim como o Toque de Midas da Marvel. Nas semanas que antecederam a estreia de Guardians of the Galaxy referimos várias vezes que se a Marvel conseguisse tornar este grupo de A**Holes num sucesso planetário, teria carta verde para fazer “o que quisesse”! E assim foi. Expetativas comedidas e um filme transcendente.
Mas o público ansiava por mais… dos seus heróis mais (re)conhecidos. Voltamos a Avengers, desta vez com Age of Ultron. Por entre o regresso de todas as estrelas maiores da Marvel, temos ainda direito a novas e refrescantes personagens. Claro que, para lá do entretenimento, começava a ficar evidente que, passo a passo, o MCU era todo um só… e caminhava para um momento de rutura.
A terminar a Phase 2, tivemos direito ao mais jovial e espirituoso dos “novos” super-heróis da Marvel. Ainda para mais, Ant-Man era um delicioso regresso às origens do MCU! Um herói sem superpoderes que vivia do seu fato e do seu sentido de humor, à boa imagem dos primórdios de Iron Man! E o IMAX 3D parecia mesmo feito à medida dos malabarismos de Paul Rudd.
Chegámos à Phase 3, em Maio de 2016. A maior diferença para as fases anteriores seria a cadência de filmes. Com três estreias por ano a história evolui a grande ritmo e começámos logo com Civil War. Aquele que deveria ter sido o fechar da trilogia dedicada ao líder dos Vingadores, revela-se como o episódio decisivo de todo o MCU. Daqui em diante jamais os heróis da Marvel – pelo menos os mais mediáticos – voltariam a ter um filme a solo. Bem pelo contrário! E foi TÃO BOM!!
Estava marcado o tom. De agora em diante ou teríamos filmes de novos super-heróis ou o bando surgiria todo junto! É assim que chegamos a Doctor Strange… e as Infinity Stones deixam de ser um mero adereço. O realismo do MCU perde-se por completo mas por esta altura os fãs da saga já estão totalmente rendidos!
Seguimos para Guardians of the Galaxy Vol. 2. James Gunn e todo o elenco estão de volta. Fruto da sua condição intergalática, os Guardiões permanecem alheios ao MCU e podem debruçar-se sobre as suas próprias origens. O filme fica aquém do seu antecessor e das expetativas mas seria (quase) impossível que tal não acontecesse. Ficou a certeza que havia muito para explorar…. e que os dois mundos não permaneceriam distantes por muito mais tempo.
Antes de confirmamos pode onde andavam os dois grandes ausentes (Thor e Hulk) da Guerra Civil, ficámos a conhecer o novo Spider-Man (ou boy!?!) em Homecoming. Propriedade da Sony, o herói aracnídeo chegava ao MCU “por empréstimo” mas foi incontestável o benefício para ambas as partes. E toda uma nova geração entrava nos Marvel Cinematic Universe. No mesmo ano chegávamos a Ragnarok. Thor e Hulk andavam, literalmente, perdidos pelo espaço. O espetáculo visual foi realmente fascinante e aproximou, ainda mais, as diferentes peças do MCU. A espiral começava a fechar-se.
Chegávamos a 2018. Black Panther surge a solo porque Wakanda é ainda um segredo do mundo. O filme idolatrado por muitos, inclusive pela Academia de Hollywood, continua a parecer-nos como (apenas) um ótimo filme de entretenimento. Wakanda parecia realmente talhada para ser o centro do MCU… e assim o foi, meros 2 meses depois.
Mais do que voltar a juntar todos os super-heroís da Marvel, novos e veteranos, Infinity War prometia concluir o longo arco narrativo iniciado com a chegada de Thor ao nosso planeta, altura em que as Infinity Stones deram o primeiro sinal de vida. E o desenlace não podia ser mais contundente. O segredo mais bem guardado de todo o MCU revelava-se tão surpreendente como coerente. Mas (afinal) este não seria o fim. Endgame.
Antes de chegarmos a 2019, tivemos direito a Ant-Man and the Wasp. Entalado, narrativamente, entre Civil War e os acontecimentos de Infinity War, o esforço em recuperar o espírito mais leve e descontraído dos heróis que encolhem e aumentam foi quase inglório. Na mente de todos os fãs permaneciam aqueles 5 minutos finais de Infinity War. Fizemos as pazes com Peyton Reed com a primeira cena depois dos créditos. E hibernámos durante 8 longos meses…
Carol Danvers. Todo o Marvel Cinematic Universe permanece, figurativamente e literalmente, sobre os seus ombros. Nick Fury deixa a entender que será ela a corrigir o mal feito por Thanos, mesmo que os nos primeiros teasers de ENDGAME não se vislumbre a sua presença. Mas, mais do que salvar os nossos heróis, CAPTAIN MARVEL tem por função, catapultar todo o MCU para um outro patamar, tudo indica sem a dependência dos seus mais veteranos super-heróis.
Não será coincidência que tenhamos direito ao filme a solo da nova heroína da Marvel, antes de fecharmos a Phase 3, com o quarto capítulo de Avengers. E se relativamente a Endgame não há muito mais a esperar do que a reintegração de todas as moléculas, a história de Carol promete muitas surpresas e incertezas. Um jovem Nick Fury (ainda sem pala) acompanha a antiga piloto da Força Aérea no seu regresso ao nosso planeta, agora como membro da raça Kree. Higher. Further. Faster. é o mote para um filme que promete revolucionar o MCU!
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