“After” de Jenny Gage
A economia está em todo o lado… e After é um exemplo claro da lei da oferta e da procura.
Há muito que defendemos que faltam nas salas de cinema (nacionais) filmes mais adocicados, comédias ligeiras, românticas e envolventes, tanto para um público mais jovem, como para um mais maduro.
Dito isto, quando surge no radar algo como After, o alerta soa automaticamente e mesmo que na “praça” se comente que as Young Adult Adaptations estão em desuso, a ausência de oferta faz com que o nível de exigência baixe bastante. E quem não gosta de um bom romance adolescente?
Baseado num romance de grande sucesso (ou numa série de romances, mais propriamente), o filme de o Jenny Gage pode muito bem ser o início de (mais) uma saga de (relativo) sucesso.
Publicado em 2014, o livro de Anna Todd já teve direito a três sequelas e uma prequela. Material não falta!
A história de Tessa Young e Hardin Scott pode não ter nada de extraordinário, mas também é isso, que a torna próxima dos seus leitores e apaixonante para uma nova geração de adolescentes ávidos por ver as suas histórias na grande tela. Mesmo que as “suas” histórias, não sejam assim tão diferentes das de todos nós. Há 10, 20 ou 50 anos atrás.
Tessa (Josephine Langford) sempre foi a filha exemplar mas a liberdade que a entrada na faculdade lhe proporciona e a natural curiosidade por novas experiências, irá levá-la até Hardin (Hero Fiennes Tiffin), um jovem misterioso e problemático.
Se os apostos atraem-se, dois pólos positivos só pode dar… faísca!!
Em boa verdade, nada de muito relevante ou surpreendente acontece neste primeiro capítulo filme. Mas a sensação de identificação com e de consistência da história (e, logicamente, a ausência de filmes do género nas salas de cinema) faz com que a curiosidade por saber mais nos leve a entrar no espírito e sonhar (ou relembrar, dependendo dos casos)!
As semelhanças com outras sagas – como Fifty Shades of Grey – são bastante evidentes mas resultam bem mais da influência que a obra de E.L. James teve na nova geração (de autores) do que propriamente num aproveitar do filão. After tem a sua identidade, o seu público (alvo) e a certeza que não deixa de ser um tempo bem passado.
Os mais jovens não deixarão de sonhar. Os mais maduros de relembrar. Porque ninguém tem 18 anos… mais do que uma vez. E todos já passámos por isto. Mais beijo, menos beijo.
A avaliar pelo desempenho do filme nos EUA, não sei se teremos direito às sequelas. É verdade que os romances já contam com uma imensa legião de fãs e que, pelo menos no nosso país, After está a ser um relativo sucesso no Box Office.
Por isso, nada como aproveitar o momento!
Tenhas 18, 28 ou 58… beijos por dar!
-
Pingback: “After – Depois da Verdade (After We Collided)” de Roger Kumble – Doces ou Salgadas?