“Aladdin” de Guy Ritchie
Naturalmente que ajuda ter sido a primeira vez que vimos Aladdin no cinema (sim, nunca assistimos à versão animada!) mas, mesmo descontando um ou outro percalço, é sem dúvida mais uma aposta ganha por parte da Disney!
Filme alegre, para toda a família, com uma bonita mensagem de redenção, esperança e justiça. Aventura, romance, humor, músicas e coreografias, guarda-roupa e fantasia. Aladdin tem algo para todos e sempre um sorriso no rosto de quem surje na tela mas, também de quem está a vê-lo. Em suma, ninguém diria que se trata de um filme realizado por Guy Ritchie.
O realizador britânico que nos habituou a um estilo visual e narrativo muito próprios, recheado de humor corrosivo e ação latente, sai nitidamente na sua zona de conforto, para se adaptar ao universo Disney. E o esforço é realmente louvável.
Sempre a bom ritmo, a história (que muitos de vocês conhecem!) vai-se revelando com alguma previsibilidade mas constantemente num tom bastante jovial e descontraído. Will Smith, Naomi Scott e Mena Massoud fazem plena questão de o garantir.
Will Smith é, naturalmente, o centro da festa. O seu génio azul para além de conduzir a história, é o principal impulsionador a vertente mais animada da festa do filme. E por muito que o romance entre Aladdin e Jasmine seja o mote do filme, “Friend Like Me” é o grande momento do filme.
Pese embora a nossa admiração pelo filme, este não deixa de ter duas pedras do (nosso) sapato. Primeiro o pouco carisma de Mesa que apesar na cumprir satisfatoriamente como Aladdin, deixa algo a desejar no “papel” de Prince Ali e, mais ainda, no de parceiro romântico da bem mais vigorosa e determinada Jasmine.
A segunda questão, bem mais pessoal e, reconhecidamente complexa de resolver, está relacionada com a surpreendente limitação do cenário, confinado a um “pequeno” oásis onde TUDO acontece. Ou quase.
O acaso irá juntar um jovem larápio e o seu macaco de estimação, à bela mas frustrada – pelos costumes do seu povo – princesa Jasmine (Naomi Scott). Esse inesperado encontro levará Aladdin até à mítica caverna, onde um tal de Génio o aguarda enclausurado numa lâmpada.
No entanto, nem tudo é azul, e se os seus três desejos levarão Aladdin mais perto do que nunca da sua jovem amada, também farão com que ele estabeleça uma terrível animosidade com Jafar (Marwan Kenzari), o chefe militar do sultão, e vilão da história.
Foi, de qualquer forma, uma agradável surpresa. Um filme sem o mediatismo de outras história da “casa do Rato Mickey” mas alegre, divertido e romântico q.b..
E tudo isto sem ter conseguido ver os primeiros 20m de filme…
Eu amei o filme, um dos melhores do ano.