“Booksmart – Inteligentes e Rebeldes” de Olivia Wilde
Bela surpresa!
Não é todos os dias que um filme de e para adolescentes “à beira de um ataque de nervos” faz tanto sentido.
Inteligente e rebelde – parabéns para os “sufixos” do título nacional -, o filme de estreia de Olivia Wilde como realizadora acerta em todos os pontos, num retrato que será sobretudo da juventude norte-americana mas que facilmente se perceciona nos jovens nacionais e, arrisco a dizer, de todo o mundo.
O que é necessário para triunfar no secundário/liceu, ser popular? Estudioso? Preparado? Maduro? Divertido? Cúmplice? Apaixonado?
O filme acaba por responder a essa questão – e a muitas outras que intrigam esta nova geração… e quem os acompanha – mas essa “revelação” fica mesmo para quem merecer. Ou seja, para quem for ver o filme.
Amy e Molly (Kaitlyn Dever e Beanie Feldstein, respetivamente) são as melhores amigas… e duas figuras centrais da escola. Dedicadas e focadas, as 2 amigas são (re)conhecidas por todos pelo seu trabalho em prol da escola, dos seus colegas e do seu futuro. Ainda que todos questionem, às escondidas, a necessidade de serem tão quadradas ou obstinadas.
No último dia de escola, quando confrontadas com o que “perderam” durante os 4 anos de high school, Amy e Molly vão (tentar) provar para todos que por detrás da sua imagem de autoritárias e estudiosas, existem duas miúdas SUPER divertidas! Falta saber como…
Ao invés de seguir de encontro aos clichés, o filme derruba cada um deles, trata-os com naturalidade e indiferença e diverte-se com isso. É uma nova geração sem complexos ou preconceitos, mas há algo que NUNCA muda, a expetativa por um futuro melhor!
Mas, lá está. Não há rótulos nem ideias pré concebidas. Cada um é como é, e poucos são realmente quem aparentam ser, à partida. Essa “descoberta” é a grande mensagem do filme. Estar disponível, interagir, conhecer e só depois tirar conclusões.
O mesmo se aplica a este filme.
E prometo, não se vão arrepender!