“O Meu Espião (My Spy)” de Peter Segal
A avaliar pelos resultados das bilheteiras, poucos parecem ter reparado, mas há novas estreias nos cinemas nacionais!
Uma delas é este simpático filme para toda a família. Comédia, ação e a dose certa de coração, fazem de My Spy exatamente aquilo que precisamos para regressar ao escurinho da sala de cinema.
Nada de catastrófico ou melodramático, pouca ou nenhuma violência e nem sinal de dilemas sociais, culturais ou raciais. Durante 1h30 voltamos a esquecer o quotidiano, para nos entretermos com Dave Bautista e a jovem Chloe Coleman.
Se a jovem Chloe tem uma castiça estreia na 7ª arte, o matulão de Guardians of the Galaxy ou 007, segue as pisadas de outros durões do cinema, aliando o seu lado mais musculado e implacável, a uma inesperada queda para a comédia ligeira. E, sem dúvida alguma, Bautista encaixa bem neste registo de autoconsumição.
JJ (Bautista) é um antigo militar que tenta a sua sorte nos serviços secretos. Mas a CIA é um pouco mais do que distribuir tiros e porrada, e o aspirante a 007 acaba a fazer de babysitter para a viúva de um antigo terrorista e da sua cruel filha de 9 anos. Desmascarado pela pequenina, JJ e a sua companheira de vigília (Kristen Schaal) tornar-se-ão reféns das vontades birrentas de uma adorável mas sagaz criança que procura em JJ um amigo…
O resto é o esperado. Nada de muito surpreendente, mas, também, nada de demasiado preocupante ou descabido. Aliás, em linha com o que o realizador Peter Segal nos tem habituado.
My Spy segue a mesma linha de entretenimento sem grandes sobressaltos, de filmes como 50 First Dates, Get Smart ou Grudge Match, confirmando que para divertir e entreter não é necessário ser inconveniente ou desleixado.
Não é aquele filme que todos vão querer ir ver ao cinema, mas é uma ótima desculpa para voltar aos cinemas, pegar nas pipocas (doces!) e na bebida e saborear o momento.
Foram 3 meses sem Cinema. 3 meses!