“Viúva Negra (Black Widow)” de Cate Shortland
Eles Elas estão de volta! Depois do bleep (desta vez real) provocado pela pandemia, os super-heróis da Marvel estão de regresso às salas de Cinema. Está dado o tiro de partida para a Phase IV, mesmo que com um filme que vive totalmente do passado.
Chegará o tempo em que o novo MCU dará cartas, para já matamos saudades de Black Widow, ao mesmo tempo que ficamos a conhecer a sua história e dos seus!
Estamos – vá se lá saber porquê – de volta aos tempos de Civil War. Natasha em fuga da S.H.I.E.L.D., acaba arrastada para o seu traumático passado quando um pacote estranho lhe chega às mãos de forma totalmente inesperada. O rasto (de destruição) irá leva-la até Budapeste, ao encontro de alguém que lhe é muito querido.
Como peças de dominó, um a um todos os protagonistas da sua infância e juventude surgirão o seu caminho, obrigando-a a enfrentar demónios antigos e a questionar a sua própria natureza.
De aventura em aventura, Scarlett Johansson e Florence Pugh vão enchendo a tela, disputando atenções e protagonismo. No final, muito por “culpa” de Rachel Weisz e David Harbour, percebemos que nada há a repartir e que, mais uma vez, o todo é mais importante do que a soma das partes. Por mais disfuncional que a Família seja.
Ao bom estilo da Marvel, as cenas de ação vão sendo intermediados por momentos mais ligeiros e bem humorados – mesmo que o preâmbulo inicial demonstre uma visão mais sombria do que o habitual para os filmes da marca das tiras de BD.
Com competência e engenho, somo rapidamente envolvidos pela história e pelos seus protagonistas. Mas se em termos visuais, o filme faz justiça ao que o MCU nos habituou, a nível narrativo sente-se alguma falta de relevância e criatividade. Por um lado, decorrente do que já se sabe do futuro da personagem (e da dificuldade em encaixar a história no contexto das Civil/Infinity War’s) por outro, pela mera falta de irreverência ou originalidade.
Deu, sem dúvidas, para matar saudades! Recuperamos a adrenalina bem humorada tão característica dos filmes Marvel e voltamos a ansiar – ainda mais! – por novas aventuras. Oxalá haja talento para, mesmo com super-heróis mais desconhecidos, acrescentar ao maravilhoso mundo novo que a Marvel tão bem soube trazer para o Cinema.
Quanto a Black Widow, seguramente que nos voltaremos a rever. Falta apenas perceber em que condições e se ainda com Scarlett Johansson como protagonista…