“Match Point” de Woody Allen

Para a minha geração Woody Allen era aquilo que se podia chamar um freak.

A sua figura magra e esguia, as suas comédias tresloucadas (Everything You Always Wanted to Know About Sex, os seus clássicos (Annie Hall), as suas experiências (Celebrity), tudo isto transformava-o numa personalidade singular, admirável mas ao mesmo tempo inatingível.

Porém, ver Match Point alterou por completo a minha percepção de quem é Woody Allen. A partir desse momento, o realizador nova-iorquino deixou de ser uma “figura” e passou a ser um dos mais apreciados realizadores actuais.

Tal como a promoção do filme anuncia, o argumento fala de Paixão, Tentação e Obsessão. Assim, de forma gradual, como se uma leva-se à outra, sem retorno possível.

Cúmplice de todo o processo de reconversão do realizador temos Scarlett Johansson que personificava na perfeição a fatal Nola Rice.

A história acompanha um ex-jogador de ténis (Jonathan Rhys Meyers) que acaba por se apaixonar pela namorada do seu futuro cunhado, ponde em risco o seu risonho futuro ao lado da sua abastada noiva. A tentação, transforma-se em obsessão e o desenlace é imprevisível até ao “ponto final”.

Um dos melhores filmes dos últimos anos!

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