“The Matrix” de Andy e Lary Wachowski

A propósito do regresso de Carrie-Anne Moss às salas de cinema do nosso país com o inquietante Disturbia, senti-me na extrema obrigação de vos falar de The Matrix.

O filme de culto, êxito de bilheteiras e vencedor de Oscars é sem dúvida um marco fundamental da história recente do cinema. A evolução tecnológica, nomeadamente em termos de efeitos especiais nunca anteriormente vistos, representa o início do século XXI do cinema. O argumento de uma originalidade incrível (tirando, é claro, a alusão a Alice no País das Maravilhas!) criou uma série de fiéis seguidores que absorveram toda a informação deste Mundo “paralelo” criado pelos irmãos Wachowski.

Os actores ganharam um protagonismo inimaginável. Keanu Reeves já era conhecido do grande público graças a Speed e O Advogado do Diabo, mas depois da trilogia tornou-se num ícone. Carrie Anne-Moss e Lawrence Fishburne atingiram o patamar seguinte em Hollywood e Hugo Weaving, o intratável Agente Smith, teve, aqui, os seus 15 minutos de fama.

Apesar de na prática tratar-se de um filme de ficção científica, a sua “aplicabilidade” ao nosso Mundo e a coerência que mantém até ao fiinal, tornou ainda mais viciante este conceito. Muitos ainda continuam a questionar o que é afinal The Matrix? Como o próprio trailer apresenta, não é fácil defini-la. Será preciso ver o filme para entender a “matriz” criada para representar um Mundo diferente mas que poderia muito bem ser o nosso!

Mais que uma geração, o filme marca o início de uma nova era do cinema de acção.

O único senão são as sequelas que o seguiram, em 2003, Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, dois filmes filmados em simultâneo e estreados nas salas de cinema com poucos meses de diferença. Aí o enredo tornou-se maçudo e demasiado entrelaçado, assumindo-se, os efeitos especiais, como o grande protagonista dos filmes. Se fosse hoje, talvez os irmãos Wachowski optassem por se ficar pelo primeiro filme deixando, à imaginação de cada um, o trabalho de idealizar o desenlace da história.

Ainda assim, The Matrix, será sempre um filme imprescindível, obrigatório, indispensável, inevitável!