“Hot Fuzz – Esquadrão de Província” de Edgar Wright
Se calhar sou eu que não percebo as particularidades denominado britcom mas demorei bastante a digerir o que tinha acabado de ver. De comédia o filme tem pouco ou quase nada. A história demasiado rocambolesca mesmo para britânicos, entretém durante os primeiros 20 minutos mas depois é um encadeamento de situações inverosímeis, arrepiantes e desinteressantes.
Verdade que no final aquilo até acaba por fazer algum sentido e os últimos 15 minutos até têm o seu interesse (quando comparados com o resto do filme!) mas, ainda assim, é muito, muito pouco! Já nos habituamos a Mr. Been e até a Benny Hill, mas acho que o “continente” e o Mundo ainda não está preparado para o humor de Edgar Wright e Simon Pegg.
Para além de argumentistas, os dois britânicos acumulam ainda as funções de realizador e protagonista, respectivamente. Os dois alcançaram algum sucesso quando em 2004 assumiram as mesmas funções em Shaun of the Dead, sátira e homenagem ao cinema de terror e comédia? Pelo que li a ideia deste Hot Fuzz era fazer o mesmo relativamente aos filmes de acção e buddies. Sinceramente passou ao lado…
No filme Simon Pegg é um incomparável agente na polícia de Londres, detentor de praticamente todos os recordes da academia e do activo policial. A sua eficiência faz com que todos os seus companheiros pareçam incompetentes e desmazelados, pelo que nada melhor que o recambiar para a mais incógnita vila do interior da Inglaterra. A adaptação ao estilo de vida “rural” não será fácil porém, uma série de assassinatos/acidentes irá despertar no agente Nicholas Angel toda a sua sagacidade para resolver mais estes casos.
Se calhar para os mais atentos e conhecedores da 7ªarte tratar-se-á de uma obra invejável.
Agora para o cinéfilo descontraído Hot Fuzz não é mais do que uma grande seca!