“National Treasure: Book of Secrets” de Jon Turteltaub
Dan Brown (O Código da Vinci, ok?!) devia receber uma percentagem dos lucros deste franchising!
Quando o sucesso e lucro das obras do autor norte-americano ainda se restringiam às suas versões literárias, já a máquina de Hollywood se dedicava a (re)criar um herói em tudo idêntico ao “nosso” Prof. Langdon.
3 anos depois de O Tesouro/National Treasure, os bons resultados de bilheteira “obrigaram” a mesma equipa a voltar para um encore.
Novamente sob a batuta do produtor Jerry Bruckheimer, voltamos a encontrar “no lado dos bons” Nicolas Cage, Diane Kruger, Jon Voight e Justin Bartha, acompanhados por um reforço de peso, a Oscarizada Helen Mirren. No lado dos vilões temos desta vez Ed Harris, enquanto que a realização volta a estar a cargo de Jon Turteltaub.
Feitas as apresentações falemos, então, um pouco da história.
No início do filme encontramos Ben Gates (Cage) com alguns problemas familiares, seguindo um pouco as pegadas do seu próprio pai (Voight). Porém o seu maior problema é quando um enigmático e perigoso homem (Harris) afirma ter em sua posse uma das páginas do diário do assassino de Abraham Lincoln, contendo informação que parece ligar um antepassado da família Gates a esse crime. Na obrigação de limpar o bom nome da família, Ben irá encetar uma nova caça ao tesouro que o levará a Paris, Londres e Washington DC, sempre na companhia de Riley (Bartha) e Abigail (Kruger).
Interessante mas muito mal aproveitada a tentativa do filme em alargar horizontes ao transferir algumas cenas para 2 das mais mediáticas cidades do continente europeu. Ao que tudo indica o continuar do franchising passará obrigatoriamente pelo “utilização ” de diferentes cenários, respondendo, de certa forma, à cada vez maior influência das receitas extra-EUA no orçamento dos grandes filmes norte-americanos.
Apesar da forte crítica a que o filme tem vindo a ser sujeito, em meu entender este funciona muito bem como objecto de entretenimento. Porém, parece-me justo evidenciar que se trata muito mais de um novo episódio de aventuras, do que propriamente de um continuar e adensar de uma história grandiosa.
Quem estiver à espera de uma reflexão muito profunda ou de um enredo muito original escusa muito bem de se deslocar ao cinema. Bruckheimer é um Às em produzir cinema que tem como objectivo único a diversão e a descontracção. Se isso é feito recorrendo a antigas ou novas personagens parece não o preocupar muito! Enquanto o filão for dando dinheiro lá o encontraremos a tentar providenciar as melhores condições possíveis para se fazer mais um blockbuster!
Uma óptima opção para quem procura 2h de entretenimento qualitativo em plenas férias de Natal, antes de começarem a chegar, em massa, os grandes candidatos aos prémios de 2007.