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“Jogos de Poder (Charlie Wilson’s War)” de Mike Nichols


Sou fã de Tom Hanks desde tenra idade!

Penso que desde Big (1988) que não perco um filme por ele protagonizado. Marcou e ainda hoje marca a forma como vejo o cinema, a minha vontade em ir ao cinema e o encanto que sinto ao sair da sala. Com Julia Roberts foi um pouquinho mais tarde. Pretty Woman (1990), marcou o início de uma relação duradoura, ela na tela, eu na sala de cinema, obviamente! Já Philip Seymour Hoffman é uma “descoberta” recente. Magnolia (2000), a obra-prima de P.T. Anderson, teve a honra de nos apresentar, desde aí nunca mais o perdi de vista.

Depois disto podem imaginar a minha alegria mesmo antes de entrar na sala. Melhor que tudo foi a alegria que senti depois! Não é preciso ser fã para apreciar o filme mas, sem dúvida, que é um prazer diferente quando são “os nossos” que brilham!

Apesar de se tratar de uma história verídica que coloca a nu muitos dos vícios de outrora (e de agora?) da sociedade política norte-americana e de se tratar de um registo Histórico de maior importância, dada a influência que teve na reorganização geopolítica de finais do século XX, o filme mantém de início a fim, um humor e boa-disposição sublimes e de imenso bom gosto.
Tratando-se, no fundo, de uma sátira de costumes muito bem filmada e, obviamente, representada.

Hanks ficou encarregue de interpretar Charlie Wilson (o mesmo do título original do filme), um alegre e pragmático congressista norte-americano, com uma agenda muito própria, até ao dia em que é contactado por Joanne (Roberts) uma abastada lady da sua terra natal que lhe propõe uma aliança para ajudar “o povo afegão na sua luta contra os russos?! A juntar ao ramalhete e a ajudar nessa improvável epopeia temos Gust Avrakotos (Hoffman), um agente da CIA com alguns problemas de disciplina e de boas-maneiras mas com uma folha de serviços invejável.

Graças às movimentações políticas de Charlie, os conhecimentos internacionais e bélicos de Gus e a influência social de Joanne, os 3 contribuíram decididamente para a derrota do exército soviético no Afeganistão, derrota essa que catapultou o país para a ruptura e, mais tarde, para o fim da Guerra Fria.

A acreditar na história retratada (penso que não haverá motivos para não o fazer!), um dos factos Históricos mais importante do último século teve origem na história mais imoral e descontraída de que já alguma vez ouvi falar.

E mais não digo! O resto fica para apreciarem numa sala de cinema!
Vão por mim, vale mesmo a pena!

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