“O Banquete do Amor/Feast of Love” de Robert Benton
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Há uma história sobre os deuses gregos:
Estavam entediados e, por isso, criaram os seres humanos.
Mas continuaram entediados e, por isso, criaram o amor…
… e o tédio acabou.
E foi, por isso, que decidiram experimentar o amor neles próprios…
E, finalmente, inventaram o riso, de forma a aguentar com o resto!
Assim começa o filme de Robert Benton, e não encontro melhor maneira de o descrever.
Verdadeiro mosaico de relações, amores e desamores, amizades e traições, sempre na procura daquele momento, daquela pessoa que lhes trará a felicidade que tanto procuram.
Sob o olhar atento do Prof. Harry Stevenson (Morgan Freeman) temos o prazer de presenciar as várias facetas do amor. Da dor à felicidade, do egoísmo à compaixão, da ingenuidade à loucura, cada Amor é vivido de forma diferente mas com igual intensidade.
No centro da história temos Bradley (Greg Kinner) um homem normal que vive um casamento normal que termina de forma peculiar. A partir daí ele tentará reencontrar a sua razão de viver nem sempre da forma mais aconselhável. Entretanto o jovem Oscar (Toby Hemingway), emprego no coffeshoop de Bradley parece ter finalmente encontrado em Chloe (Alexa Davalos) o refúgio que necessitava para deixar de vez o seu passado turbulento. Temos ainda David Watson (Billy Burke) que vive uma tórrida e física relação com a sua amante Diana (Radha Mitchell).
Benton é sobretudo conhecido pela obra que lhe valeu o duplo Oscar (Realização e Argumento), Kramer vs. Kramer. Já aí o realizador imperava pela sua capacidade em expor as personagens e em retratar a realidade tal como ela é. Neste caso, falar de amor implica, quase que obrigatoriamente, falar (e mostrar) a sua componente mais física, mais carnal. A partir daí podemos, mais facilmente, compreender a essência de algumas relações, sem rodeios nem “paninhos quentes”!
Feast of Love é um daqueles filmes em que encontramos muito mais do que esperávamos.
Ajuda-nos a perceber um pouco melhor porque é que os deuses decidiram experimentar o Amor e, sobretudo, porque é que criaram o riso para o suportar!
Um filme de chorar (literalmente!!) por mais!! Tão bom… aii…