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“Jumper” de Doug Liman


Só mesmo um convite para, em pleno mês de Fevereiro, ir ver um filme de aventuras e ficção científica destinado a um público inquestionavelmente mais jovem, quando às salas de cinema do nosso país, começam a chegar (ainda que às “pinguinhas”) os filmes mais (a)sério, vencedores e/ou nomeados dos prémios do ano.

Claro que sabe sempre bem ver um filme mais ligeiro sem o drama ou a intensidade de outras sessões, 1h20 de puro divertimento e lá seguimos com as nossas vidas.

Jumper é isso mesmo!
Se calhar no Verão seria apenas mais um, mas em Fevereiro é diferente dos restantes nas salas de cinema. Para o bem e para o mal lá temos o rapaz, a rapariga, o mau, o bom e desta vez uma pitada de ficção científica para apimentar a história.

Hayden Chrisensen (o jovem Anakin Skywalker de Star Wars) é David Rice, à partida um rapaz como os outros mas que possui um dom invulgar, a capacidade de se teleportar. Quando aos 15 anos descobre essa sua “anomalia” decide deixar tudo para trás e viver a sua própria vida.
Alguns anos mais tarde David vê a sua pacífica existência ameaça por Roland (Samuel L. Jackson), o líder de uma estranha agência secreta que não aceita a sua “espécie”. Com a sua vida em risco decide regressar à sua terra natal e procurar pela sua paixão da adolescência, a bela Millie (Rachel Bilson da série O.C.). Contudo, a sua identidade já não é mais um segredo e David será arrastado para uma guerra que não é a sua.

Com um ponto de partida interessante, a teleportação, Doug Liman, o competente realizador de Bourne Identity e Mr e Mrs Smith, constrói uma história minimamente cativante mas com uma densidade da grossura de uma folha de papel … de 40grs!!

Propositadamente ou não a história é MUITO fraca e o filme vale, sobretudo, por uma ou outra cena mais espectacular e pela ideia interessante (ainda que muito mal aproveitada!) que o preenche.

Com um elenco que conta ainda com Diane Lane e Jamie Bell (o crescido rapaz de Billy Elliot) seria de esperar muito mais e melhor.

No final fica apenas mais um veículo para tentar transformar Christensen numa estrela de Hollywood e a ideia que nem todos os heróis com super-poderes são necessariamente altruístas e, consequentemente, super-heróis.
Há alguns que preferem assaltar bancos nos EUA, engatar uma miúdas em Londres e surfar uma ondas nas Fiji, tudo antes do pequeno-almoço.

Será crime!?

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