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“Em Nome da Amizade/Reign Over Me” de Mike Binder


Escrevi a Antevisão deste Reign Over Me há mais de 1 ano!
Finalmente agora, no conforto do lar, tive a oportunidade de o ver.
Estava certo! Trata-se efectivamente de uma obra acima da média que devia e merecia ter passado os nossos cinemas! Mas sobre isso não vale a pena perder mais tempo/espaço.

O primeiro grande destaque vai inteirinho para Adam Sandler num papel bastante distante daquelas comédias tresloucadas (e por vezes de mal gosto) a que nos habituou. A sua composição de um viúvo em estado depressivo pode não ser irrepreensível mas atinge patamares de qualidade bastante interessantes. Em termos de intensidade e emoção está tudo lá, o único senão é que estamos, por defeito, sempre na expectativa que ele nos faça rir, e desta vez não há muito por onde.

A tragédia do 11 de Setembro marcou a população mundial e, em especial, os nova-iorquinos. Muitos perderam familiares, amigos ou vizinhos, pelo que o luto é ainda hoje um sentimento colectivo e presente. Um filme que aborda esses traumas é antes de tudo, um acto de coragem, de reflexão, de exposição.

Charlie Fineman (Sandler) vive de forma errática desde que a sua mulher e as suas 3 filhas faleceram a bordo de um dos aviões envolvidos nos atentados. A dor da perda “obrigou-o” a bloquear toda e qualquer lembrança do seu passado, de forma a tornar suportável a sua existência. Porém, o encontro casual com Alan Johnson (Don Cheadle), seu antigo colega da faculdade, fará com que esse passado aos poucos comece a reentrar na sua vida.
Claro está que tal como todas as amizades também esta funciona em ambos os sentidos, e também Alan se refugiará em Charlie para desabafar os seus problemas pessoais, seja os relacionados com a sua mulher (Jada Pinckett Smith) ou com uma das suas pacientes mais invulgares (Saffron Burrows).

A temática não é fácil, o que dificulta enormemente a divulgação deste filme. A proximidade com os factos reais torna tudo demasiado próximo, verídico, doloroso.
Talvez seja cedo demais para começar a exorcizar os fantasmas do 09/11. Talvez o filme não seja exactamente uma daquelas experiências que se queira partilhar numa sala de cinema. Talvez efectivamente seja preferível vê-lo em casa.
Mas acima de tudo é importante vê-lo, pois trata-se de um óptimo retrato dos traumas que se seguiram à tragédia e, em última análise, é na verdadeira um filme MUITO INTERESSANTE!

Ganhe coragem…
… não se vai arrepender!

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