“Padrinho… mas Pouco/Made of Honor” de Paul Weiland
Ao contrário do normal não parece que este Verão vá ser inundado de comédias românticas.
Se a falta de comparação/concorrência faz com que o nível de exigência perante este Made of Honor não seja muito grande. Por outro lado, a falta de alternativas acaba por denotá-lo de uma expectativa e mediatização inesperados!
E seria tão mais preferível que o filme “voasse abaixo do radar” e não se esperasse mais do que 1h30 de entretenimento.
Como cabeça de cartaz o filme apresenta Patrick Dempsey (Enchanted), recuperado para o grande écran graças à série de TV Grey’s Anatomy. A seu lado temos Michelle Monaghan que vem acumulado papéis +/- secundários tendo dado nas vista recentemente em Gone Baby Gone.
Claro está que para garantir o sucesso de um filme não bastam 2 caras simpáticas e alguns momentos engraçados. É preciso um pouco mais!
Verdade seja dita o filme até que começa bem. A relação platónica entre amigos de diferentes sexos não será necessariamente uma novidade mas os contornos que a criaram são suficientemente curiosos para manter a história. O problema vem depois! A Escócia pode não ser o local mais sofisticado do Mundo mas algo me diz que o século XXI também já começou por lá!
Voltemos um pouco atrás. Tom e Hannah são grandes amigos desdes os tempos da faculdade. Ele, um milionário playboy com um restrito conjunto de regras que regem os seus pontuais relacionamentos. Ela, mais simples e romântica mas também mais exigente, que “nunca” se deixou levar pelos seus encantos. A sua relação de amizade não tem grandes exigências, partilham os seus segredos e problemas, assim como os momentos mais triviais das suas vidas mas com a distancia e liberdade suficientes para aceitarem-se mutuamente.
No entanto…
Durante uma viagem de trabalho de Hannah à Escócia, a sua ausência faz com que Tom questione as suas prioridades e acabe por perceber que sempre esteve apaixonado por ela. Aquando do regresso dela a New York, Tom apenas pensa em declarar-se, porém, nem tudo corre como planeado…
As comédias românticas são um produto tipicamente americano, muito próprio (digo eu!) de uma cultura de fast-food, em que tudo é consumido num ápice e rapidamente estamos preparados para algo de novo.
Claro está que, tal como a comida, também há filmes e filmes. Este não deixa muitas saudades, e mesmo durante o filmes sentimos que há alí qualquer coisa que não encaixa bem… já vos falei daquela parte da Escócia???
Pode ter piada mas será preciso ser assim tão egocentrico? Ou os americanos pensam mesmo que fora dos EUA é tudo campo?
O maior desgosto é que fora isso o filme até é bonzinho…