“Shrek” de Andrew Adamson e Vicky Jenson

O início do novo milénio trouxe-nos consigo o início de uma nova era no cinema de animação.

E não foi apenas a utilização dos computadores que revolucionou todo o cinema de animação, foi sobretudo o tom sarcástico, corrosivo e encantador que a Dreamworks introduziu nos “filmes para crianças” demonstrando que por muito belas que as histórias da Disney sejam, essa não é a única forma de fazer cinema de (alta) qualidade!

Sim, porque se a nível tecnológico e de inovação Shrek está há muito ultrapassado, em termos de enredo e bom-humor, continua a ser único!

A Dreamworks apostou forte nesta epopeia. Em 1º lugar nos actores que dão voz aos protagonistas, Mike Myers (mais conhecido como Austin Powers), Cameros Diaz e Eddie Murphy, formam o trio de estrelas que ajudou a dar vida a Shrek, Fiona e Donkey, respectivamente.
Outro aspecto não descurado (e presença assídua nos filmes de animação) foi a escolha da banda-sonora. Juntando alguns clássicos com músicas actuais, o filme transporta aquele mística da animação de outrora ao mesmo tempo que lhe confere uma sensação de novidade e irreverência inconfundíveis.
Porém, a aposta mais arriscada foi a desmistificação e o gozo que transmitiram ao questionar/contorcer grande parte dos dogmas criados pela Disney, em especial o eterno “E Viveram Felizes para Sempre” e as múltiplas figuras emblemáticas da casa do rato Mickey (Peter Pan, Pinoquio, Robin Hood, 3 Porquinhos…), ícones de várias gerações, que viram as suas histórias “ligeiramente” adulteradas!

Para aqueles (poucos!) que nunca viram o filme, posso-vos dizer que Shrek é um ogre (ou seja, um bichinho ternurento mas muito feio) que habita um pântano imundo. A sua vida em solidão corre às mil maravilhas até que um dia a sua casa é invadida por uma série de habitantes das redondezas em fuga ao malvado rei Farquaad. Na companhia do seu insuportável “amigo”, um burro criativamente chamado de Donkey, Shrek contronta o “temível” rei que lhe promete o regresso à normalidade mediante o resgate da bela princesa Fiona, da torre mais alta, do lugar mais longínquo…

Serão sempre poucos os adjectivos para descrever esta obra.
A magia daquele primeiro dia em que o vi no cinema ficará para sempre guardada no meu coração! Entrei na sala para ver um filme de “crianças” saí de lá encantado para toda a vida!

Obrigatório! Dos 8 aos 80!

Site Oficial
Trailer
Saíu apenas no DVD mas é uma referência incontronável do 1º Shrek: