“Kung Fu Panda” de Mark Osborne e John Stevenson
Ou sou eu que ando muito esquisito (e com as expectativas demasiado em alta) ou este mês de Julho não tem sido particularmente prolífero em grandes estreias de cinema!
E pior que isso é quando percebemos que uma boa ideia acaba por não ter o tratamento merecido. Será que já ninguém faz filmes para toda a família com mais de 1h30?
Quando a história é cativante, a realização competente e os actores/vozes se complementam em harmonia duvido que alguém se arrependa de passar 2 horitas numa sala de cinema a comer pipocas!
E este imenso Panda sofre disso mesmo!
A história (por ventura demasiado infantil) até tem piada, as personagens (dito animais peritos em artes-marciais) foram bem conseguidas mas, infelizmente, parece que tudo aparece do nada, sem grande composição ou explicações e o final acontece rápido de mais. Na altura em que o filme se começa a compor a 1h30 está a chegar ao fim.
É que conhecimento generalizado que a Dreamworks tem grandes dificuldades em acompanhar a Pixar em termos técnicos/visuais. A qualidade e a atenção aos ínfimos pormenores que a sua rival explora desde Finding Nemo, obrigaram a companhia de Spielberg a apostar noutros campos. O “recrutamento” de nomes sonantes (ver Antevisão) para dar voz às suas personagens principais continua a dar frutos, o problema (digo eu!) é que para além disso era um habitué a sua aposta em argumentos criativos/irreverentes que ajudavam a marcar a diferença e a cativar uma vastíssima audiência.
Desta vez, o prenúncio apontava nesse sentido mas a história não faz jus à “matéria-prima” que dispunha:
Po, Shifu, Tigress, Monkey, Mantis, Viper, Crane e Tai Lung.
Continua a ser um encanto ver naquilo que se tornou o cinema de animação. O estigma de filmes para crianças está há muito ultrapassado. Mas para quem ainda não tem filhos o cinema tem de ser um pouco mais do que Kung Fu e Panda.
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Teaser
Trailer
Trailer 2
Panda e os “amigos”: