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“Viagem ao Centro da Terra/Journey to the Center of the Earth 3-D” de Eric Brevig


Por uma razão ou outra acabei por ir adiando o comentário a este filme. Entre outros comentários mais urgentes (dado tratarem-se de estreias mais recentes) ou a expectativa de obter uma nova opinião sobre o filme, a demora foi-se alongando. O facto de não me encontrar no país na altura da sua estreia também contribuiu para este esquecimento que, diga-se desde já, o filme não merece!

Deixemo-nos, então, de conversa fiada e passemos para o que realmente interessa.

Revelando um pouco mais das minhas paixões extra-cinematográficas, Jules Verne faz, também, parte do meu imaginário infanto-juvenil e muitas das suas obras já passaram pela minha mesinha de cabeceira, entre elas, obviamente Viagem ao Centro da Terra!

Dito isto não foi apenas o facto inédito de termos um filme de imagem real a recorrer ao 3-D que me atraiu neste filme. As aventuras do brilhante e visionário escritor francês são, muitas delas, óptimos roteiros a explorar pela 7ª arte, muito mais agora que as novíssimas tecnologias permitem, como nunca, transpor para a tela a magia das suas obras.

O argumento até pode ser fraquinho, as personagens sem grande dimensão e os desempenhos modestos mas a magia está lá e isso é de facto algo fantástico.

Prof. Trevor Anderson (Brendan Fraser) é um solitário geólogo que dirige um laboratório numa Universidade nos EUA. Passaram-se quase 10 anos desde o desaparecimento do seu irmão mais velho, também ele um cientista que estudava a actividade sísmica terrestre. No fim-de-semana em que tem à sua guarda o seu sobrinho (Josh Hutcherson), Trevor irá detectar uma estranha actividade sísmica num vulcão na Islândia. Na ânsia de descobrir o que sucedeu ao seu irmão, Trevor irá juntar esforços com uma guia Islandesa (Anita Briem) e o seu próprio sobrinho para explorar uma região inóspita. Porém, irá encontrar bem mais do que o que procurava!

Apenas uma pequena nota suplementar. O livro de Jules Verne funciona como um guia para as personagens e não como uma premissa para os argumentistas. Não se trata de uma adaptação da obra, esta é apresentada no filme como fonte de inspiração para Trevor e Max (seu irmão).

Bem, mas o grande trunfo do filme é mesma as imagens em 3-D (inclusive as legendas!). Num cinema convencional tratar-se-ia apenas de uma aventura para toda a família, sem grande necessidade de exercício mental, apimentada com um ou outro susto valente. Mas com aqueles óculos “mágicos” a empatia com as personagens e o encanto para com as imagens torna cada um de nós numa criança com vontade de esticar a mão e “sentir” tudo o que passa à nossa volta.

O único inconveniente desta experiência tridimensional é mesmo a utilização dos óculos. Ainda que bastante mais agradáveis e práticos do que há uns anos atrás, continuam a ser um elemento a mais na sala de cinema. Já se fala que está para breve a utilização de telas/salas que não necessitam deste artefacto. Oxalá não demore.

Nessa altura a experiência será completa! E os filmes em DVD’s rascas e piratas serão uma miragem de quem não sabe apreciar CINEMA!

Site Oficial
Trailer Pt
Trailer 2
Trailer 3

NOTA: Parabéns também à Super-Bock que produziu um pequeno reclame em 3-D que nos ajuda de imediato a “sentir” a magia e a nos preparar para o que aí vem!

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