“Corrida Mortal (Death Race)” de Paul W.S. Anderson
Talvez possa parecer um pouco doentio mas a verdade é que o filme é mesmo divertido!
Quer dizer, tem umas quantas cenas violentas, um pouco de sangue e de brutalidade a mais mas acaba por ser uma história “engraçada”, assim como que uma montanha russa para M/16.
Bem mas comecemos então pelas apresentações.
Paul W.S. Anderson é o responsável (como realizador e argumentista) pelo lançamento de franchisings como Resident Evil e Alien vs. Predator. Penso que não preciso de me alongar muito mais relativamente aos seus gostos e dons cinematográficos!
O protagonista Jason Statham, encabeça o seus próprios franchisings, Cranck e Transporter, para além de mais uns tantos filmes em que distribui porrada por todo o lado. Curiosamente, a meu ver, o seu melhor desempenho verificou-se no interessantíssimo e não (muito) violento The Bank Job, demonstrando que afinal deve haver mais do que músculos e cara feia neste londrino de gema.
Estamos no ano de 2012 e a crise económica global parece ter transformado os humanos em ávidos devoradores de tragédias. Com o aumento da criminalidade e com as prisões superlotadas o desporto em voga são as corridas de carros entre presidiários, difundidas pela internet graças à visão, ousadia e sadismo da directora Hennessey (Joan Allen). Claro está que estas não são umas corridas banais. Os carros transformados, calibrados e carregados de munições, são autênticas máquinas de guerra num circuito improvisado em que mais importante que chegar em primeiro é chegar ao fim … com vida.
É neste mundo que vai cair Jensen Ames (Statham) – ex-campeão da Nascar e recente desempregado – depois de acusado do assassinato da sua mulher.
Referência para a presença de Ian McShane como “chefe da equipa” de Ames, do sidekick Tyrese Gibson como adversário, da estreante Natalie Martinez como co-piloto e de um sem número de caras feias a dar corpo aos restantes corredores.
Despretensioso, inqualificável, arrojado e violento serão os principais adjectivos para descrever este filme. Não será certamente diversão para todos os gostos (muito menos para toda a família) mas não deixa de ser uma obra com o seu quê de irreverente e divertido.
Não esperem uma grande história nem grandes desempenhos!
É mesmo um filme para a “malta fixe” e para os M/16 que gostam de pensar que a diferença entre jogos de computador e o cinema de entretenimento não precisa de ser muito grande!