“Busca Implacável (Taken)” de Pierre Morel
Pouco a pouco o cinema francês vem recuperando o seu espaço (no mercado português).
Primeiro a comédia com Bienvenue Chez les Ch’tis, mais recentemente o drama graças a Entre les Murs, e agora, é a vez da acção chegar-nos pelas mãos de um realizador francês, Pierre Morel (ainda que num filme falado em inglês e protagonizado por algumas estrelas de Hollywood).
No entanto este será mesmo o único aspecto anglo-saxónico do filme.
Como cenário temos Paris (talvez alguns locais menos conhecidos e recomendados mas, de qualquer forma, a Cidade Luz). O estilo de realização muito europeu, com violência e coerência q.b. sem nunca perder o objectivo primordial de cada personagem. E um argumento suficientemente sólido, a abordar uma tema real e cada vez mais assustador na Europa (o tráfico de mulheres), ao mesmo tempo que apresenta uma visão muito crítica do pretensiosismo norte-americano.
Bryan (Liam Neeson) passou grande parte da sua vida (e da infância da sua filha) no exterior a “prevenir” possíveis crimes contra os EUA. Divorciado e com a sua filha prestes a tornar-se uma mulherzinha, ele deixa os Serviços Secretos para recuperar o tempo perdido.
Porém, a sua filha Kim (Maggie Grace) tem outros planos e a oportunidade única de passar as férias em Paris torna-se demasiado tentadora.
Mesmo perante a relutância do seu pai Kim parte para a Europa, apenas para descobrir que os piores receios dele são tortuosamente reais.
Raptada e inserida numa vasta rede de prostituição, ela conta apenas com os conhecimentos e a destreza profissional do seu pai para ser resgatada em 96h!
Bem, a partir daqui é basicamente muita porrada e umas quantas surpresas.
Mas não se pense que o filme vive da violência. Ela está lá apenas para nos apresentar a um mundo que julgávamos bem mais distante.
Ritmo incessante, algumas cenas um pouco mais improváveis mas no computo geral um bom filme de acção, com desempenhos seguros que o aproximam da realidade e que não tem receio em ser aquilo que é, uma Busca Implacável en que cada segundo conta.
O meu género.. mta acção, suspense e uma dose de dramatismo.. e o final nao poderia ser outro 🙂
Também é o meu género! Gostei muito mais do que aquilo que esperava.
Concordo com a classificação atribuída. O filme além de muita acção e alguma violência, tem uma grande carga emocional e dramática.
Todavia não concordo com o final. No final o herói tinha de ser preso ou mesmo assassinado pelo tipo francês. Isso daria um toque de realidade adicional ao filme.
Abraço
LC