“Bangkok Dangerous – O Perigo Espreita” de Oxide Pang Chun e Danny Pang
Meu Caro Nicholas Coppola (aka Nicolas Cage),
13 anos passaram desde Ben Sanderson e o teu magnífico desempenho em Leaving Las Vegas, com o qual conquistaste a Academia e reconhecimento do público (já para não falar nos Milhões de $ que se seguiram!).
Infelizmente de lá para cá a tua carreira nunca seguiu um rumo certo! É verdade que voltaste a ser nomeado graças a Charlie Kaufman (a personagem e o argumentista) mas isso não te impediu de ir somando filmes como Con Air, 8MM ou Captain Corelli’s Mandolin.
Depois da já referia 2ª nomeação, do elucidativo O Senhor da Guerra/Lord of War e do incompreendido The Weather Man pensei que estivesses definitivamente de regresso mas, os últimos tempos têm sido terríveis!
Só de pensar em The Wicker Man dá-me uma coisinha! Quanto a Ghost Rider nem a presença da Eva Mendes te salva o pescoço!
E os mais recentes Next, National Treasure 2 e este Bangkok Dangerous, nem são, cada uma à sua maneira, muito maus mas aquele penteado já começa a cansar!
Deixemos, então, o passado e falemos do presente.
A ideia de te juntares a esta malta de Hong Kong (os irmãos Pang) em teoria podia parecer uma decisão acertada. Como assim, à luz dos teus últimos filmes, não te faria mal nenhum uma mudança de ares e de estilo. O problema é que, para azar teu, a personagem não é muito diferente daquilo que nos vens habituando nos últimos anos…
É verdade que podemos observar nele uns pózinhos de Hitman (repara bem, isto é um elogio!) mas no final acabamos por perguntar o que estavas lá a fazer. Para um actor em início de carreira ou com problemas financeiros ainda se compreende mas para um vencedor do Oscar custa a aceitar!
Não me digas que estás com falta de dinheiro?! Ou que não tens ninguém em casa para te entreter? Em último caso compra uma consola, sempre se passam umas horas boas a jogar!
A malta que te rodeia até faz um trabalho plausível, ajudando a dar a credibilidade possível ao assassino profissional que encarnas. As motivações dele nunca ficam lá muito bem explicadas mas o método (de trabalho) dá para perceber bem.
Quanto a Panward Hemmanee, a moça com quem te enrolas no filme, ainda vai dar que falar no cinema, tem uma daqueles belezas singelas. E o Shahkrit Yamnarm também cumpre como teu side-kick. Se fosse nos EUA a esta hora já tinha contrato como protagonista na sequela.
Já agora, aquele final tem muita pinta. Dá, por favor, os meus parabéns aos irmãos Pang.
De facto só havia uma saída possível…
No próximo ano já tens previsto (pelo menos) a estreia da animação 3-D Astro-Boy e do dramático Bad Lieutenant (às ordens do rejuvenescido Werner Herzog).
Oxalá tenhas mais sorte que em 2007/08!
Sinceros Cumprimentos,
CS