“Frost/Nixon” de Ron Howard
Tal como no filme, também na corrida aos prémios, Benjamin Button não estará sozinho!
Igualmente com 5 nomeações aos Golden Globes, curiosamente nas mesmas categorias (Melhor Filme, Realizador, Actor, Argumento e Banda-Sonora) podemos encontrar este verdadeiro duelo de titãs, Frost/Nixon!
Peter Morgan escreveu, em 2007, a peça que valeu a Frank Langella um Tony (prémios do teatro norte-americano), pelo seu desempenho como Richard Nixon. Cerca de um ano depois os 2 estão de volta à ribalta, desta vez graças à 7ª arte!
Morgan é novamente responsável pelo argumento e Langella recupera o seu papel de protagonista! De regresso está, também, Michael Sheen (actor recorrente nas obras de Morgan) dando vida a David Frost, antagonista do antigo presidente dos EUA.
Não bastasse, a lista de actores de qualidade prossegue com nomes como Kevin Bacon, Sam Rockwell, Toby Jones e Oliver Platt, perfazendo um verdadeiro all-star casting!
Como realizador, nada mais nada menos, do que o talentoso (e tarefeiro) Ron Howard (Oscar por A Beautiful Mind). E a expectativa não podia ser maior.
Vamos então por partes.
Depois de ter confirmado o seu talento, graças aos argumentos dos aclamadíssimos The Last King of Scotland e The Queen (com Sheen no pele de Tony Blair), Peter Morgan adaptou ao teatro, um conjunto de entrevistas concedidas, em 1977, pelo antigo Presidente dos EUA Richard Nixon, ao jornalista britânico David Frost.
O veterano Frank Langella e o ascendente Michael Sheen não poderia ter percursos mais distintos, até se encontrarem na peça de Morgan. Em poucas palavras bastará dizer que Langella foi pela primeira vez nomeado para um Golden Globe em 1971, tinha Sheen 2 anos!
Agora prometem transpor para o grande ecrã toda a intensidade, emoção e rebelião que conquistou as plateias.
3 anos passaram-se desde que Nixon abdicara da Presidência norte-americana em sequência do escândalo do Watergate. Após alguma insistência David Frost, um conceituado jornalista e apresentador de talk-show’s de terras de Sua Majestade, consegue convencer o ex-Presidente a uma série de entrevistas. Este filme ajuda a perceber um pouco melhor o que se passou…
Em jeito de resumo podemos dizer que o filme dificilmente fugirá ao estigma de um dos Melhores Filmes do Ano.
Desempenhos arrebatadores, uma realização irrepreensível e uma história cativante, serão alguns dos seus maiores trunfos.
Estreia em Portugal no mesmo dia, 22 de Janeiro, que a obra de David Fincher! Querem ver que ainda vão partilhar os prémios?!?