“Mulheres! (The Women)” de Diane English
Seria difícil fazer um filme mais direccionada às Mulheres! Digamos subtilmente que não se vêm muitos homens por lá!
Meg Ryan, Annette Bening, Jada Pinkett Smith, Debra Messing e Eva Mendes, formam o núcleo duro de um filme que irá arrastar mulheres de todas as idades até às salas de cinema nacionais.
Tendo por base a vida privada (e não só) de uma endinheirada herdeira do Central Park, NYC, o filme abarca os problemas e dilemas de mulheres de diferentes idades.
Adultério, amizade, maternidade, homossexualidade, adolescência, solidão, lealdade, são alguns dos muitos temas abordados, seguindo, em exclusivo, a perspectiva feminina de cada situação.
Mary Haines (Ryan) dedicou a sua vida a fazer tudo (pelos outros) e, ao mesmo tempo, nada (por si). Demasiado preocupada em agradar a todos, acabou por desleixar a maioria das suas obrigações (especialmente, como mãe e esposa).
Quando descobre que o seu marido tem um caso com a bela e sedutora Crystal Allen (Mendes) ela contará apenas (ou talvez não!) com as suas melhores amigas: Sylvia (Bening), a bem sucedida editora de uma revista de moda; Alex (Smith), a noctívaga e homossexual escritora; e Edie (Messing), a sincera dona-de-casa.
Realizado pela estreante Diane English (na verdade ela é responsável pela série de enorme sucesso Murphy Brown mas estreia-se aqui na 7ª arte), o filme ressente-se dessa inexperiência denotando algumas lacunas em termos de ritmo, direcção de actores (bem, neste caso de actrizes) e na composição de personagens.
Apesar do extenso rol de actrizes de qualidade o filme desenrola-se, em demasia, torno de Mary e de Sylvia, deixando as restantes protagonistas com pouco espaço para aprofundar as suas personagens e abordar convenientemente outros temas!
A momentos faz lembrar Sex and the City mas falta-lhe a audácia, a maturidade, a sem-vergonhice e, acima de tudo, o outro lado da equação, Os Homens!
Parece-me que as Mulheres ficarão encantadas.
Os homens sentiram-se excluídos e, de certa forma, perdidos, num mundo que não é o deles/nosso!
Em suma: filme roto que só vale a pena ver para olhar para a (ainda)irresistível Meg Ryan, que dá 20-0 à Eva Mendes, anytime!