“Quem Quer Ser Bilionário? (Slumdog Millionaire)” de Danny Boyle

Sendo hoje um dia especial (a nível pessoal), parece-me uma data apropriada para vos apresentar o GRANDE FILME dos Oscars 2008!

Será sempre injusto avançar com este género de afirmações quando ainda faltam alguns filmes (bem cotados) para ver mas depois do que fui enunciando na sua antevisão e, sobretudo, depois de o ver, as únicas palavras que me saem são: QUE GRANDE FILME!!

Escusam de contar com grandes revelações, neste comentário!
Um dos grandes segredos para o desfrutar plenamente deste filme é não saber nada (ou muito pouco) sobre ele, e deixarmo-nos levar e encantar por uma obra indubitavelmente singular!

Tendo por ponto de partida o jovem Jamal Malik (Dev Patel), um concorrente da versão indiana do famoso concurso televisivo, Who Wants to be a Millionaire?, o filme apresenta-nos alguns dos aspectos mais marcantes da cultura, sociedade e história recente deste país praticamente desconhecido para a maioria dos Ocidentais.
Tudo isto condimentado pela emotiva história de amor (impossível) com a sua eterna paixão, a bela Latika (Freida Pinto) e pela estranha relação de amor-ódio com o seu irmão mais velho, Salim.

De forma totalmente inesperada, imprevisível e inteligente o realizador Danny Boyle e o argumentista Simon Beaufoy cruzam o passado com o presente, a dor com a alegria, a esperança com a desilusão, numa jornada de sentido único, a VIDA!

Falando de prémios, Slumdog Millionaire pode não ter o aparato e a afinidade ao detalhe de filmes como Benjamin Button mas é tudo o que este não é, chocante, revelador, arrebatador, explosivo e fantasioso.

E os elogios não se ficam por aqui. A banda sonora capta de forma sublime o ambiente e a cultura indiana (aludindo frequentemente ao cinema de Bollywood), atingindo o seu ponto mais alto na melodia que acompanha o jovem casal, não esquecendo a este nível as 2 nomeação para Melhor Canção.
Impressionantes também os trabalho de montagem e sobretudo de fotografia, contribuindo para a contextualização da acção e das personagens (e já agora do público) para um país diferente, para a sua evolução e para os seus contrastes.

Numa palavra: o GRANDE FILME do ano!

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Trailer

PS: Para mim apenas The Dark Knight podia competir com ele. Mas como o 2º capítulo da nova versão de Batman não chegou sequer aos nomeados para as categorias principais, quer-me parecer que o rafeiro “vira-lata” vai conquistar por completo a Academia!