“Noivas em Guerra (Bride Wars)” de Gary Winick
Hollywood continua a apostar num público (jovens mulheres), até à bem pouco tempo, desvalorizado.
Depois de The Women ou 27 Dresses e antecedendo Confessions of a Shopaholic, os chick flicks voltam aos nossos cinemas, desta vez a reboque de 2 das mais promissoras actrizes norte-americanas da actualidade, Anne Hathaway e Kate Hudson. Curiosamente em momentos praticamente assimétricos das respectivas carreiras!
Hudson surpreendeu tudo e todos, na sua estreia com um desempenho luminoso em Almost Famous, (que lhe valeu, inclusive, uma nomeação aos prémios da Academia) perdendo-se, em seguida, em filmes sem grande interesse. Já Hathaway vem construindo paulatinamente uma sólida carreira em Hollywood, encontrando-se em estado de graça depois da nomeação aos Oscars, pelo seu brilhante desempenho em Rachel Getting Married.
Aqui elas interpretam 2 inseparáveis amigas que compartilham o sonho de infância de um dia se casarem no local mais in de New York, o Plaza!
Tudo se parece conjugar quando ambas ficam noivas na mesma altura e planeiam os respectivos casamentos. No entanto, o que Liv e Emma não podiam imaginar é que os seus casamentos foram (erradamente) marcados para o mesmo dia!
Perante a intransigência de ambas em alterar a data, a sua relação vai-se tornando cada vez mais saturada, ao mesmo tempo que os respectivos noivos tentam compreender a sua posição nesta “luta” desenfreada!
Para além da óbvia atenção depositada em todos os detalhes que rodeiam um casamento e na forma como estes são geridos, individualmente ou em conjunto pelo casal, o filme é preciso na forma subtil como discorre a incompreensão masculina para tamanho dramatismo e selvajaria (facto que facilita rapidamente a identificação dos homens com o filme!).
Ainda assim, ele será sempre 99% dirigido às mulheres! São elas as protagonistas e são elas, sobretudo, o destinatário de toda a envolvência, de todas as piadas, de todo o doce dramatismo apresentado.
Não será o desastre anunciado por alguma da crítica estrangeira (incentivado pela fraca performance do filme nas bilheteiras) mas não deixa de ser um filme mediano que vale, sobretudo, para os jovens casais que se encontram próximos ou na mesma situação que as protagonistas.
Vão por mim! É tudo, realmente, demasiado familiar…