“Transformers: Retaliação (Revenge of the Fallen)” de Michael Bay
Como é facilmente perceptível pelo comentário ao anterior Transformers, as expectativas para este Revenge of the Fallen, eram mais que elevadas.
Depois do sucesso e impacto visual do 1º capítulo, aos quais foram sendo adicionados constantes rumores de que o realizador Michael Bay se preparava afincadamente para mais e melhor nesta sua sequela, todas as atenções se concentravam em perceber qual o caminho escolhido. Mais e melhores efeitos-especiais, mais e melhores interpretações, mais e melhor argumento/tensão/drama, maior realismo?
Bay (não esquecendo que é, também, o responsável por filmes como Pearl Harbor, Armageddon ou Bad Boys) fez… o espectável… ou seja, mais e melhor espectáculo!
No que diz respeito aos robots (aliás parte fundamental do filme como o próprio título – Transformers – o indica), não há muito a apontar! Cresceram em número, cresceram em tamanho, cresceram em qualidade e cresceram em termos de credibilidade. Autobots e Depecticons são agora (se é que alguma vez não o foram?) parte integrante e harmoniosa no filme. A sua presença confunde-se facilmente com a das restantes personagens e a sua agilidade, autenticidade e “transformação” é realmente fantástica!
No que diz respeito aos cenários escolhidos, a opção pelo Egipto em detrimento de um local mais habitacional (tal como no 1ª filme) acaba por facilitar imenso a equipa de efeitos-especiais mas condiciona de certa forma a espectacularidade dos momentos de maior acção, pois retira-lhe a complexidade de um ambiente “não controlado” – como facilmente se percebe na cena de abertura em Shangai!
O ponto menos brilhante desta sequela será mesmo em termos de desenvolvimento de personagens. Se o enredo principal acaba por convencer os apreciadores da série, explorando outras figuras do universo Transformers sem, no entanto, fugir ao seu objectivo supremo no nosso planeta, a narrativa que acompanha os 2 protagonistas (e demais side-kicks) é, notoriamente, demasiado banal.
Como já vimos noutros filmes (por exemplo, em Spider-Man), os heróis de BD “aguentam” histórias bem mais complexas do que a eterna questão do namoro à distância, da independência face aos pais ou das dificuldades de inserção no novo ambiente (neste caso, a faculdade)!
Para aqueles que dão menos importância a estes aspectos, este 2º capítulo será, sem dúvida, um repasto para os olhos! E não estou a falar da Megan Fox… nem da Isabel Lucas!
A qualidade de cada imagem é de tal ordem que tudo parece natural, e depois ainda temos uma série de explosões, perseguições, emoções e algumas piadas oportunas que ajudam a compor um todo fascinante!
Perdido o encanto da primeira viagem, as exigências seriam de outra ordem!
Fiel aos seus princípios, o realizador Michael Bay oferece-nos o que de melhor há para mostrar em termos de acção e aventura. Durante 2h30 entramos noutro Mundo … e a verdade é que lá queremos continuar/voltar!
Não será forçosamente um filme para todos mas o Verão é mesmo altura para isto. Diversão, entretenimento… e a dose certa de loucura.
Venha de lá o 3º!
Já me esquecia… em relação à história propriamente dita, não há muito a explicar. Os maus (Decepticons) estão de volta, os bons (Autobots) continuam por cá e Sam (Shia Labeouf) e Mikaela (Megan Fox) prosseguem o seu inevitável romance!
AboutClaudio Sousa
Já vão 16 anos desde que começámos este projeto. Expandimos para o facebook, para o twitter, para o youtube para o instagram e agora temos um site personalizado. Publicamos crítica, oferecemos convites e partilhamos a nossa paixão pelo cinema. Obrigado por fazeres parte dela!
