“Butch Cassidy and the Sundance Kid” de George Roy Hill
Há filmes que fazem parte da História do Cinema!
Motivado pelo recente visionamento de um dos grandes clássicos dos anos 70 (The Way We Were) e demonstrando total apreço e admiração por um actorrealizadorprodutor que marcou gerações e gerações, iniciei, no conforto do lar, um ciclo dedicado a Robert Redford.
Recuamos 40 anos no tempo e deparamo-nos com o memorável Buth Cassidy and the Sundance Kid, um filme a vários níveis emblemático que preenche, ainda hoje, o imaginário de muitos fãs e intervenientes desta grande indústria que é o cinema.
Antes de tudo é a primeira colaboração entre Paul Newman e Robert Redford, naquela que se tornou numa das grandes amizades dentro de Hollywood, protagonizada por 2 personalidades de grande carácter e talento.
Marca ainda a primeira colaboração de ambos com o realizador George Roy Hill que viria a ganhar um Oscar graças a esta dupla… alguns anos depois.
O argumento original (vencedor de um Oscar) é da autoria do escritor William Goldman, também ele uma referência da literatura e do show-biz norte-americano. Baseado em factos verídicos (pelo menos assim reza a História), Goldman constrói um western digo desse nome, cheio de intriga, magníficas paisagens, tiroteios e aquela forte camaradagem entre homens bem para lá da lei…
Butch Cassidy (Newman) e Sundance Kid (Redford) são os líderes de um organizado bando de assaltantes (“especializados” em bancos e comboios) conhecido como Hole in the Wall Gang, em referência ao seu esconderijo de eleição. Para além da reputação e proveito da sua actividade, ambos gozam ainda de um certo estatuto de intocáveis perante a comunidade local, fomentado pela sua postura de galãs.
Porém, um infortunado assalto ao Union Pacific Flyer irá provocar o desmoronamento da sua “pacata” existência, obrigando-os, juntamente com a paixão de Kid, Etta Place (Katharine Ross), a fugir para a América do Sul em busca de novas aventuras.
O rol de elogios estende-se também à canção original, Raindrops Keep Fallin’ on My Head e à Banda-Sonora (igualmente premiadas com um Oscar), sendo que a 1ª é ainda hoje um sucesso, muito por culpa do cover (2003) dos Manic Street Preachers.
E, finalmente, (contabilizando a 4ª estatueta) para a Fotografia, apresentando uma magnífica visão de um farwest memorável, para sempre presente no imaginário dos cinéfilos de todo o Mundo.
Sem dúvida… um Clássico!