“Harry Potter and the Half-Blood Prince” de David Yates
Prossegue a saga do mais famoso feiticeiro da história contemporânea…
Os anos passam, quer por Harry Potter quer por Daniel Radcliffe, e aquele que em tempos foi uma criança lançada às feras é, agora, um adolescente preparado para os mais agrestes desafios.
Em Harry Potter and the Half-Blood Prince entramos no 6º ano em Hogwarts e rapidamente percebemos que estamos perante apenas uma peça de um vasto puzzle. Ao longo dos 5 filmes (e imagino que livros, também) o cenário ia sendo montado para o grande desenlace final mas pressentia-se sempre que o intento primordial seria o ano lectivo que se encerrava a cada capítulo.
Desta vez porém, cedo percebemos que a história contada é bem mais complexa e vasta do que o que seria expectável para apenas um filme (mesmo um, com mais de 2h30!).
A proximidade com “o fim” e, porque não, a notória ausência de algumas personagens fundamentais, faz com que este 6º capítulo funcione sobretudo como um prelúdio para o derradeiro volume (que por acaso será dividido em 2 filmes… mas isso é outra história!).
Não levem isto a mal mas, a momentos, dei comigo a pensar se não estaria perante uma qualquer novela brasileira, aí entre o seu capítulo 100 e 150 … i.e. com muita parra e pouca uva!
Com a ajuda de Harry Potter, Dumbledore tenta recrutar a todo o custo um novo professor de poções mágicas, mais precisamente Horace Slughorn (Jim Broadbent), alguém com um passado muito próximo do adolescente Tom Riddle – mais tarde Lord Valdmort!
No entanto, a tarefa de Harry não se cinge apenas a cativar o interesse do professor, ele terá de se aproximar dele de forma a convencê-lo a revelar-lhe um segredo que pode ter implicações capitais na batalha contra o cada vez mais poderoso senhor das trevas.
Entretanto Drako Malfoy, instigado pela sua família, está cada vez mais próximo do lado escuro das trevas…
Continuarão Ron e Hermione juntos e disponíveis para ajudar Harry? E Ginny, que segredo guardará a irmã mais nova de Ron?
Considerações sobre o enredo à parte, o filme é um regalo para os olhos de qualquer miúdo… ou graúdo.
Se por um lado os efeitos especiais criam uma atmosfera cada vez mais familiar e audaz, por seu turno, os protagonistas, mais crescidos e experientes, apresentam a segurança e coragem adequada para dar maior consistência a um franchise que, no início, pecava sobretudo neste capítulo.
Longe vão os tempos em que Daniel Radcliffe, Rupret Grint e Emma Watson não era mais do 3 crianças sobre quem recaía a maior responsabilidade da sua geração… dar vida às personagens imortalizadas na escrita de J.K. Rowling.
Pressente-se que o fim está próximo.
Esperemos apenas que, como mandam as boas maneiras do mundo espectáculo, o melhor esteja guardado para essa altura.
Por enquanto temos um filme que cumpre a sua função, ou seja, deixar-nos embevecidos pelo(s) próximo(s) capítulo(s)!