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“Taking Woodstock” de Ang Lee


O compromisso de vos escrever mesmo estando de férias e sem (praticamente) nenhum acesso à internet é para cumprir! Felizmente as novas tecnologias têm destas coisas e permitem, recorrendo a um truque ou outro, manter o blog em actualização durante estas semanas de merecido descanso.

Com o aproximar do Outono (sei que ainda falta cerca de um mês mas em termos cinematográficos o calendário é um bocadito diferente) os grandes blockbusters de acção e aventuras vão abandonando as salas de cinema, dando lugar a outro género de filmes, mais dramáticos, mais romanceados, mais artísticos.

A expectativa gerada em torno deste Taking Woodstock vem perdendo algum fulgor desde a sua estreia no último Festival de Cannes. Ainda assim, Ang Lee merece todo o respeito (e atenção)!
Senão vejamos. Crouching Tiger, Hidden Dragon, Hulk (aquele mais intimista, com Eric Bana!), Brokeback Mountain e Lust, Caution, representam a sua colectânea de obras da última década!

Para além da inquestionável qualidade, salta a vista a panóplia de géneros abordados pelo realizador de Taiwan em meros 4 filmes.
Não bastasse, propõe-nos agora uma comédia, ainda que com algumas nuances de drama, em torno de um dos maiores acontecimentos da música e da história cultural do passado século, o festival de Woodstock.

Baseado em factos verídicos e adaptando a obra homónima e autobiográfica de Elliot Tiber, Lee conta-nos a história da família de Tiber que em 1969 disponibilizou o seu motel e o terreno envolvente para a realização do mais memorável festival de música de todos os tempos. Festival esse imortalizado para sempre como o expoente máximo da geração hippie, pautada pelo eterno lema sex, drugs and rock ‘n’ roll!
Partindo desta premissa o filme constrói uma narrativa em mosaico (pelo menos tudo o indica!), conjugando diferentes personagens e aspectos que contribuíram para o imenso sucesso e repercussão de um espectáculo que nasceu meramente para celebrar a música, o amor e a paz.

Tentando manter a áurea de improvisação e anonimato que conduziu todo o festival, a escolha de actores recaí sobre nomes não muito reconhecidos do grande público, ainda que alguns sejam já caras familiares a muitos: Demetri Martin, Jonathan Groff, Eugene Levy, Imelda Staunton, Emile Hirsch, Liev Schreiber, Jeffrey Dean Morgan e Paul Dano.
Com isto, Ang Lee garante igualmente que o verdadeiro protagonista do filme nunca deixe de ser o próprio Festival… e a sua aura de movimento espontâneo, despretensioso e libertino!

Em linha com os surpreendentes Little Miss Sunshine ou Juno, arriscaria a dizer que Taking Woodstock pode muito bem tornar-se na comédia sensação da próxima edição dos prémios da Academia e, quem sabe, beneficiar com o recente alargamento da categoria de Melhor Filme para 10 nomeados!

Ainda tem um longo caminho pela frente… e antes de tudo será necessário aguardar pela sua estreia, em inícios do próximo mês!

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