“Capitalism: A Love Story” de Michael Moore
Dada a pouquíssima informação disponível a propósito do próximo filme/documentário de Michael Moore, este comentário funcionará praticamente como uma nota de rodapé.
Porém, em tempo de férias, qualquer bom assunto é justificação suficiente para uma nova entrada no blog… mesmo que breve!
Michael Moore é hoje um nome reconhecido em todo o Mundo. O gorduchinho de Michigan será provavelmente o mais famoso documentarista de sempre, contanto na sua carreira com 3 dos 5 documentários que mais facturaram nas bilheteiras de todo o Mundo.
Se Bowling For Columbine chamou a atenção pela forma agressiva e audaz com que Moore expões o livre acesso às armas nos EUA, tendo-lhe valido um Oscar de Melhor Documentário, foi Fahrenheit 9/11 (Palme D’Or em Cannes) e o seu ataque severo à Administração Bush que lhe valeu o reconhecimento internacional e o estatuto de estrela cinematográfica.
2 anos depois Sicko garantia-lhe a sua 2 nomeação aos Oscars, confirmando tanto o seu talento como a forma parcial com que “punha o dedo” em algumas das mais profundas feridas da sociedade norte-americana.
O tempo não pára e as preocupações vão-se alastrando!
Desta vez Michael Moore deixa de lado o ódio (?!?) e apresenta a sua declaração de amor … pelo Capitalismo.
Tendo por base a actual crise financeira, iniciada em 2007 devido à falência dos hedge funds, o realizador norte-americano atira-se de cabeça aos princípios basilares da doutrina económica mais liberal, o Capitalismo, expondo (e agora é apenas mera especulação!) alguns dos mais incríveis, caricatos e inconcebíveis “golpes” e agentes de uma economia desgovernada e impune. E não será preciso ser bruxo para imaginar Michael Moore à porta das mansões e dos escritórios nos mais altos arranha-céus dos EUA, a pedir explicações aos prossecutores desta interminável carambola de mentiras, corrupção e fortunas… virtuais!
Com a sua estreia mundial (já este mês) no próximo Festival de Veneza e com encontro marcado com o público norte-americano para dia 23, é de prever que a temperatura aqueça (e muito) neste final de Verão, especialmente nos que diz respeito às orelhas de alguns para mais poderosos administradores das grandes empresas norte-americanas.
Resta saber se o star-power de Michael Moore será suficiente para garantir uma estreia alargada num país onde, o ano passado, até o vencedor do Oscar de Melhor Documentário (Man On Wire) não transpões as barreiras da capital!
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